Se eleita, Dilma vai manter política de Lula para o Irã
Se a petista Dilma Rousseff for eleita a próxima presidente do Brasil nas eleições de outubro, o País vai manter a posição favorável ao diálogo com o Irã e contrária à aplicação de sanções aos iranianos em relação ao seu controverso programa nuclear. A garantia foi dada pela candidata hoje em Paris, durante entrevista coletiva a jornalistas brasileiros. "Nós pretendemos sem sombra de dúvida manter uma política pró-paz até que nos provem que sanções e uma política de guerra conduz o mundo a uma situação melhor", disse a candidata. Ela afirma que a falta de diálogo favorece o isolamento e o acirramento dos conflitos, e que o Brasil é soberano e independente para adotar as posições que considera mais adequadas.
Dilma não respondeu, no entanto, se continuaria tentando mediar um acordo entre os países ocidentais e o Irã sobre o programa nuclear da república islâmica, como tem feito o presidente Lula. A candidata discorda que a posição adotada pelo Brasil em relação ao Irã possa prejudicá-lo economicamente no futuro, em especial no que diz respeito à exploração do petróleo brasileiro. "Não há nenhum traço, nenhuma hipótese de relações entre sanções ao Irã e restrições à Petrobras."
Dilma aproveitou a ocasião para criticar a guerra no Iraque. "Uma política de paz é uma política em que o Brasil reafirma o seu protagonismo e seus valores. Porque nós temos valores civilizatórios diferentes do conflito e da invasão, da destruição e da morte de uma porção de pessoas."
A França é a primeira etapa da viagem de Dilma por quatro países da Europa. Ela deve se encontrar com o presidente Nicolas Sarkozy amanhã. Conforme Dilma, o convite foi feito pelo francês. Mas até anteontem, conforme a assessoria da Presidência da República francesa, não havia qualquer confirmação sobre a reunião entre os dois - embora a viagem de Dilma à Europa já estivesse marcada.
A petista afirmou que a turnê foi programada não para beneficiar a sua campanha eleitoral, mas sim para passar a mensagem de que ela vai manter a mesma política internacional que o presidente Lula, baseada na diversificação das parcerias. "É muito mais uma afirmação de posição do que um cálculo eleitoral."
Dilma rejeita acusações sobre dossiê
A ex-ministra também comentou as acusações de que o PT estaria por trás de uma encomenda de dossiê contra o candidato tucano nas eleições presidenciais, José Serra. Ela disse que o Partido dos Trabalhadores, tanto quanto a Polícia Federal, está interessado na investigação do caso para desvendar o que realmente aconteceu. "Quem pediu a investigação foi o PT, porque nós achamos muito estranho. Não vemos traços de nenhum documento. Ele não aparece, não se diz qual é", disse a petista.
A ex-ministra também comentou as acusações de que o PT estaria por trás de uma encomenda de dossiê contra o candidato tucano nas eleições presidenciais, José Serra. Ela disse que o Partido dos Trabalhadores, tanto quanto a Polícia Federal, está interessado na investigação do caso para desvendar o que realmente aconteceu. "Quem pediu a investigação foi o PT, porque nós achamos muito estranho. Não vemos traços de nenhum documento. Ele não aparece, não se diz qual é", disse a petista.
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