Puccinelli:PMDB prefere Serra e pode se insurgir contra a cúpula ![]() |
Valdelice Bonifácio |
O governador André Puccinelli (PMDB) adiou novamente a decisão sobre as eleições presidenciais. Hoje, durante evento na Praça do Rádio Clube, informou que anunciará sua escolha até 12 de junho, data da convenção nacional do PMDB. Porém, admitiu que a maioria partido local prefere José Serra (PSDB) ao invés da petista Dilma Rousseff, embora não haja definição. Outra revelação importante é que o PMDB de Mato Grosso do Sul não aceitará imposição da nacional para apoiar a candidata do PT. “Se houver fechamento [nacional] nos insurgiremos”, afirmou durante entrevista coletiva.Conforme o governador, “insurgir” quer dizer votar contra a orientação nacional na convenção do partido. O PMDB nacional depende dos votos dos diretórios estaduais para aprovar a aliança com o PT. O diretório de MS até concorda em votar pela aliança com os petistas nacionalmente, desde que fique livre para apoiar José Serra no Estado. Puccinelli mencionou que, tradicionalmente, o PMDB nunca fez fechamento de questão, pois sempre respeitou as opiniões diferentes da cúpula. O governador quer discutir o assunto com o presidente da Câmara Federal, Michel Temer (PMDB), indicado para vice de Dilma. Ele deve cumprir agenda em Mato Grosso do Sul, mais precisamente em Nova Andradina, no dia 7 de junho (segunda-feira), onde haverá um evento político. “Agora querem fazer o fechamento de questão usando a consulta do Eduardo Cunha [PMDB/RJ] ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral]? Não sei. Vamos conversar sobre isso. Se houver fechamento lá nós nos insurgiremos (...) Isso se refere tanto a nós do Estado, quanto a Campo Grande”, mencionou. Sob o orientação de Temer, o deputado Eduardo Cunha estaria tentando arrancar do tribunal uma resposta que ratifique o entendimento de que o princípio da fidelidade partidária desautoriza a infidelidade na campanha. Ou seja, os diretórios estaduais podem até se coligar com partidos de oposição nos Estados. Mas não podem fazer a campanha de Serra. Significa dizer que os diretórios estariam proibidos de levar o nome de Serra ao horário de rádio e TV do partido. Tampouco poderiam mencioná-lo nas publicações de campanha. A propaganda eletrônica e impressa teria de prestigiar a chapa nacional: Dilma-Temer. Na data da vinda de Temer ao Estado, André, inclusive estará cumprindo agenda em Ponta Porã, mas promete se esforçar para ir ao encontro do presidente da Câmara Federal e passar a limpo as questões partidárias. A decisão do governador, após vários adiamentos, era esperada para o final de maio. O PSDB, inclusive, só aguarda a sinalização do apoio a Serra para trazê-lo ao Estado e realizar evento no qual a parceria seria consagrada. A ideia era realizar o evento entre 8 de 10 de junho. O governador afirma que o PSDB, por enquanto, não marcou nenhuma data com ele e que ainda não conversou pessoalmente com José Serra sobre a possível parceria. O governador mencionou ainda que não se sente atrasado em sua decisão, uma vez que o próprio PMDB nacional pode adiar sua convenção nacional. "Se o PT não resolver o impasse em Minas Gerais, o PMDB pode adiar a convenção nacional, hora marcada para dia 12", argumentou, reiterando que tomará sua decisão antes da convenção nacional. Em MG, os petistas insistem em emplacar a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, ao governo mineiro o que abriu nova crise com o PMDB. Em represália, uma ala do partido ameaça votar contra a aliança com Dilma para a Presidência. |
terça-feira, 1 de junho de 2010
PMDB de MS apoiará Serra
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