Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

sexta-feira, 12 de março de 2010

Serra vai se anunciando implicitamente candidato


Quase candidato, Serra se autoelogia e deprecia Lula

  Milton Michida/Divulgação
Devagarinho, José Serra, o ‘quase-talvez-provável-futuro’ presidenciável da oposição, vai injetando em seu discurso um timbre de campanha.

A escalada verbal ficou visível nesta quinta (11), numa passagem de Serra pela cidade litorânea de Santos.

O governador discursou para políticos e empresários num seminário organizado pela Associação Comercial de Santos.

A certa altura, disse que sua gestão implementa em São Paulo o maior projeto de saneamento do país.

Chama-se Onda Limpa. Está orçado em R$ 1,4 bilhão.

Serra falou de petróleo, abundante na costa de São Paulo. Disse que a exploração terá um impacto ambiental muito grande.

Numa crítica velada ao discurso “pré-saleiro” de Lula, disse: “Esse impacto, se não for bem abordado, com antecipação, pode vir a ser negativo”.

Como que decidido a mostrar que dispõe de matéria-prima para rivalizar com o PAC da rival Dilma Rousseff, Serra discorreu sobre investimentos do seu governo.

Privilegiou iniciativas adotadas em setores análogos aos que recebem as verbas federais do PAC.

Além do projeto de saneamento, citou a construção de três estaleiros, um parque tecnológico, o veículo leve sobre trilhos e a ponte entre Santos e Guarujá.

Essa ponte, ainda pendente de licitação, fora objeto de uma ironia de Lula. Serra estivera em Santos, 48 horas antes, para apresentar a maquete da obra.

E Lula, num pa©mício realizado na mesma cidade, comentara: “Tem gente inaugurando até maquete”.

Serra, que na véspera mandara a assessoria dizer que o comentário não o incomodara, animou-se a responder:

“O importante é obra com começo, meio e fim, e estruturada”, disse, numa referência indireta aos atrasos que infelicitam o cronograma das obras do PAC.

O quase-candidato criticou outra iniciativa da gestão Lula: a revitalização do porto de Santos. Disse que São Paulo foi alijado do projeto:

“Todos sabem que, no início do governo, eu propus ao governo federal que o Estado administrasse o porto. Acho que teria sido, sem dúvida, a melhor opção...”

“...Não estamos pegando no pé por causa do atraso da dragagem, que só agora está começando, mas enfim há muitas questões que ficam dando volta”.

Serra também injetou no discurso as iniciativas do seu governo no setor de transportes, outra área encontradiça nas planilhas do PAC.

De resto, citou o que considera ser uma das vitrines de sua administração: a abertura de escolas técnicas. Algo de que Lula também gosta de se jactar.

Como que decidido a vingar-se do chiste da maquete, Serra alfinetou Lula ‘Nunca Antes’ da Silva:

“Se eu fosse usar imagens como outros usam, eu diria que fizemos tantas [escolas técnicas] quantas desde o Descobrimento”.

O governador concedeu uma entrevista. Interrompeu a conversa quando inquirido sobre a provocação de Lula acerca da “inauguração” da maquete.

Sobre política, disse Serra, “não vou falar em hipóse alguma”. Ora, não fizera outra coisa no discurso acabara de pronunciar.

Um discurso de ‘quase-talvez-provável-futuro’ candidato à presidência da República.

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