01/03/2010
Tudo na base do improviso
Universidades criadas pelo governo sofrem com a falta de estrutura
Deputados do PSDB criticaram nesta segunda-feira (1º) a falta de infraestrutura de instituições inauguradas pelo governo com o objetivo de interiorizar o ensino superior. Em cinco anos, o Planalto abriu 15 universidades, todas distantes dos grandes centros. A situação desses locais é precária: alunos são obrigados a terem aulas em prédios improvisados por conta de atrasos nas obras, além de faltarem professores e laboratórios em diversos cursos. A consequência disso é a formação de uma mão de obra despreparada para as necessidades do mercado.
Problemas de Norte a Sul - “É um verdadeiro descalabro administrativo. O que o governo inaugura não são universidades ou centros de ensino, mas verdadeiros 'colegiões'. As instituições federais precisam ser um centro de excelência nas pesquisas, ter estrutura adequada, algo que não existe mais”, ressaltou o deputadoProfessor Ruy Pauletti (RS).
Reportagem publicada no jornal “O Estado de S. Paulo” no último domingo (28) mostra que os problemas e as reclamações se repetem em todas as regiões. No campus de Bagé da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), alunos e professores chegaram ao quarto ano de atividades com improvisos.
Os alunos de Engenharia, por exemplo, nunca entraram em um laboratório. Além disso, alguns estudantes precisam percorrer quatro quilômetros entre um prédio improvisado e outro em razão do atraso na obra do campus principal. As aulas são ministradas em cinco locais diferentes, alguns cedidos pela prefeitura local.
Ex-professor e reitor de universidade, Paulleti lembra que essa situação é cada vez mais comum. “A preocupação do governo Lula é dizer que fez as obras, mesmo que não haja a menor infraestrutura para que o campus funcione. Ou seja, é tudo na base do improviso”, acrescentou.
Entre as instituições inacabadas ou com deficiências estruturais, estão a Univasf, no Vale do São Francisco; a UFTM, no Triângulo Mineiro; e a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). Nesta última, lembra o deputadoNilson Pinto (PA),o Ministério do Planejamento até hoje não autorizou a contratação de novos docentes, fazendo com que a nova instituição trabalhe com a metade do número de professores previsto.
“O governo tem uma ação bem diferente do discurso. Aqui na região da Amazônia, foi criada a Ufopa em Santarém a partir de um desmembramento da Universidade Federal do Pará. E o governo se propôs a contratar mais professores e técnicos. Mas ninguém veio e o trabalho acaba sendo feito com um corpo docente pra lá de deficiente”, alertou. “Desse jeito, será difícil formar bons profissionais”
Deputados do PSDB criticaram nesta segunda-feira (1º) a falta de infraestrutura de instituições inauguradas pelo governo com o objetivo de interiorizar o ensino superior. Em cinco anos, o Planalto abriu 15 universidades, todas distantes dos grandes centros. A situação desses locais é precária: alunos são obrigados a terem aulas em prédios improvisados por conta de atrasos nas obras, além de faltarem professores e laboratórios em diversos cursos. A consequência disso é a formação de uma mão de obra despreparada para as necessidades do mercado.
Problemas de Norte a Sul - “É um verdadeiro descalabro administrativo. O que o governo inaugura não são universidades ou centros de ensino, mas verdadeiros 'colegiões'. As instituições federais precisam ser um centro de excelência nas pesquisas, ter estrutura adequada, algo que não existe mais”, ressaltou o deputadoProfessor Ruy Pauletti (RS).
Reportagem publicada no jornal “O Estado de S. Paulo” no último domingo (28) mostra que os problemas e as reclamações se repetem em todas as regiões. No campus de Bagé da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), alunos e professores chegaram ao quarto ano de atividades com improvisos.
Os alunos de Engenharia, por exemplo, nunca entraram em um laboratório. Além disso, alguns estudantes precisam percorrer quatro quilômetros entre um prédio improvisado e outro em razão do atraso na obra do campus principal. As aulas são ministradas em cinco locais diferentes, alguns cedidos pela prefeitura local.
Ex-professor e reitor de universidade, Paulleti lembra que essa situação é cada vez mais comum. “A preocupação do governo Lula é dizer que fez as obras, mesmo que não haja a menor infraestrutura para que o campus funcione. Ou seja, é tudo na base do improviso”, acrescentou.
Entre as instituições inacabadas ou com deficiências estruturais, estão a Univasf, no Vale do São Francisco; a UFTM, no Triângulo Mineiro; e a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). Nesta última, lembra o deputadoNilson Pinto (PA),o Ministério do Planejamento até hoje não autorizou a contratação de novos docentes, fazendo com que a nova instituição trabalhe com a metade do número de professores previsto.
“O governo tem uma ação bem diferente do discurso. Aqui na região da Amazônia, foi criada a Ufopa em Santarém a partir de um desmembramento da Universidade Federal do Pará. E o governo se propôs a contratar mais professores e técnicos. Mas ninguém veio e o trabalho acaba sendo feito com um corpo docente pra lá de deficiente”, alertou. “Desse jeito, será difícil formar bons profissionais”
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