Serra no Paraná

Serra e Richa

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José Serra ampliou as articulações para montagem dos palanques tucanos que darão sustentação à candidatura à presidência. Começou pelos estados mais problemáticos. Na quarta, despediu-se da cantora Madonna e recebeu, logo em seguida, o prefeito de Curitiba, Beto Richa, para discutir o palanque tucano no Paraná. Além de ter dois pré-candidatos ao governo Richa e o senador Alvaro Dias -, o partido trabalha para conseguir, pelo menos, a neutralidade do senador Osmar Dias, do PDT, pré-candidato cortejado pelo PT para dar palanque à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O encontro entre Serra e Richa, no entanto, consolidou a tendência de lançar o prefeito candidato. Serviu para calibrar o discurso de união no Paraná a fim de evitar que uma decisão favorável ao prefeito leve a um racha interno. Antes de ir a São Paulo, Richa se encontrou com o presidente do partido, senador Sérgio Guerra, e com Alvaro Dias em Brasília. Os três debateram as questões da candidatura no Estado, mas só Richa acabou seguindo para o Palácio dos Bandeirantes expor pessoalmente os fatos ao governador Serra. No encontro de quarta, foi ponderada a situação do diretório estadual, que está fechado com o prefeito de Curitiba reunião no próximo dia 22 deve chancelar essa posição. Ou seja, não há como escolher outro candidato, pois nove de cada dez tucanos paranaenses querem Beto Richa. O ex-governador Alvaro Dias ainda grita, esperneia, mas todos sabem, inclusive ele, que o candidato tucano será o prefeito. Tudo o mais é jogo de cena e negociação, pois o PSDB ainda pensa que papel dar a Alvaro para minimizar sua frustração. A entrada de Serra na montagem dos palanques estaduais é uma demanda dos aliados, para quem se tornou essencial a participação dele, de modo mais incisivo, nas negociações. O raciocínio é que o governador não precisa dizer oficialmente que é candidato, mas pode ajudar a amarrar as articulações regionais, dando mais peso aos acordos.