Sigla usa evento como lançamento da candidatura, que pode ser oficializada apenas em junho de 2010
Leticia Moreira/Folha Imagem |
DA REPORTAGEM LOCAL
Em convenção realizada ontem em São Paulo, o PV (Partido Verde) lançou politicamente a candidatura à Presidência da senadora Marina Silva (AC). Ela criticou a postura do governo Lula na reunião do clima, em Copenhague, e a escolha da ministra, Dilma Rousseff, como chefe da delegação.
A definição oficial de qualquer candidatura só poderá ser feita no próximo ano. "A decisão política já existe, o processo legal e formal será feito no ano que vem", disse Marina.
O encontro do partido também serviu para referendar a entrada de aliados da senadora na direção da sigla. "Há uma decisão de ter candidatura própria e eu me sinto honrada de ser apontada pelo PV."
Marina, que participou da reunião do clima em Copenhague, criticou em vários momentos a postura do Brasil no encontro, em especial as declarações de Dilma sobre a proposta de que o país contribuísse com US$ 1 bilhão para um fundo de combate à mudança climática. A ministra da Casa Civil declarou que o valor "não faz nem cosquinha".
Questionada pelos jornalistas, Marina disse que a escolha de Dilma como chefe da delegação brasileira foi "legítima", mas completou: "Agora, o processo negocial não poderia ficar submetido a uma lógica política da conjuntura do nosso país, porque o que estava em jogo era muito maior".
Para a senadora e pré-candidata do PV, os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores) e Carlos Minc (Meio Ambiente) "eram aqueles que poderiam entrar no mérito da negociação para que a gente pudesse de fato fazer a diferença".
(FERNANDO BARROS DE MELLO)
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