Datafolha: Alckmin venceria no primeiro turno em SP
Apu Gomes/Folha
Pesquisa feita pelo Datafolha indica franco favoritismo do tucano Geraldo Alckmin na disputa pelo governo de São Paulo.
Pesquisa feita pelo Datafolha indica franco favoritismo do tucano Geraldo Alckmin na disputa pelo governo de São Paulo.
Se a disputa fosse realizada hoje, Alckmin prevaleceria já no primeiro turno da eleição.
Ex-governador e candidato derrotado à presidência em 2006, ele amealha entre 50% e 54% das intenções de voto, conforme o cenário.
No campo que gravita em torno de Lula, os candidatos mais bem postos na pesquisa são Ciro Gomes (PSB) e Marta Suplicy (PT).
Ele belisca entre 14% e 16%. Percentuais semelhantes aos atribuídos a ela: entre 14% e 19% dependendo do cenário.
O diabo é que nem Ciro nem Marta exibem apetite para mastigar o desafio de São Paulo.
O deputado do PSB, embora tenha transferido o título de eleitor do Ceará para São Paulo, afirma que é candidato a presidente, não a governador.
A ex-ministra do PT pende para uma cadeira na Câmara. Declara-se uma apoiadora da candidatura do ex-czar da Economia Antonio Palocci (PT).
Melhor para Alckmin, que obtem sua melhor marca (54%) justamente no cenário em Palocci, com 4%, aparece abaixo de até de Soninha (PPS), com 9%.
No embate Ciro X Alckmin, o tucano vence por 50% a 14%. Soninha crava 7%. Paulo Maluf (PP), 10%.
Trocando-se Maluf pelo deputado Celso Russomano (6%), que o PP apresenta como seu candidato, Alckmin vai a 51% e Ciro escala 16%.
Numa disputa Marta X Alckmin, o tucano triunfaria com resultado idêntico: 50% a 14%.
O Datafolha testou também dois cenários em que, em vez de Alckmin, o candidato do PSDB é José Serra.
Se resolvesse trocar a candidatura presidencial pela reeleição em São Paulo, Serra também liquidaria a eleição em primeiro turno, informa o instituto.
Numa disputa contra Marta, Serra venceria por 44% a 19%. Contra Palocci, 55% a 7%.
A hipótese de Serra transferir-se da raia nacional para a estadual estreitou-se na semana passada.
Ao retirar-se da disputa presidencial, o governador mineiro Aécio Neves como que condenou Serra ao caminho único da sucessão presidencial.
O Datafolha aferiu a capacidade de transferência de votos de Serra em São Paulo: 39% dos entrevistados disseram que votariam no candidato apoiado por ele.
Outros 18% disseram que poderiam votar num candidato a governador que tivesse o apoio de Serra. E 27% declararam que não votariam no preferido de Serra.
Os índices obtidos por Alckmin limitam as chances de um outro pretendente tucano: Aloysio Nunes Ferreira.
Chefe da Casa Civil de Serra, Aloysio sonhava ser o candidato do PSDB à sucessão do chefe.
Serra gostaria de impor Aloysio a Alckmin. Mas, à luz dos números do Datafolha, seria um tolo se o fizesse.
A pesquisa Datafolha foi realizada entre os dias 14 e 18 de dezembro. Entrevistaram-se 2.050 pessoas em 56 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Os números do Datafolha, expostos nas páginas da edição desta segunda (21) da Folha, reforçam uma impressão que já se havia solidificado:
O apreço do eleitor de São Paulo pelo tucanato transforma o maior colégio eleitoral do país numa espécie de Waterloo da presidenciável petista Dilma Rousseff.
Escrito por Josias de Souza às 04h50
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