Aécio e Ciro articulam estratégia conjunta
Julia Duailibi (Estadão)
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e o deputado Ciro Gomes (PSB), pré-candidatos à Presidência da República, costuraram uma estratégia conjunta de atuação com o objetivo de se fortalecerem na corrida presidencial de 2010. Os dois articularam agenda pública comum para mandar mensagem de unidade e de capacidade de aglutinar forças políticas a seus partidos e adversários.
A ideia é que já na próxima terça-feira Aécio e Ciro almocem juntos no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, para dar publicidade à dobradinha. Os dois, que cultivam boa relação pessoal, têm conversado com frequência, no momento em que encontram dificuldades para colocar na rua suas candidaturas ao Planalto.
Aécio disputa com o governador paulista, José Serra, a indicação do PSDB para concorrer à Presidência. Nas últimas semanas, entrou numa queda de braço com Serra para antecipar a data de escolha do candidato tucano - o paulista é contra a antecipação da candidatura. Aécio, com projeção nacional menor que Serra, quer que a escolha do nome seja feita até o começo do ano que vem. Os dois governadores conversaram anteontem por telefone e devem se encontrar nos próximos dias para tentar um entendimento.
O encontro com Ciro é útil para Aécio, porque ilustra o que o mineiro tem dito ser o seu diferencial: ter condições de agregar mais forças políticas em torno do projeto presidencial tucano que Serra - o paulista e Ciro são desafetos políticos.
Para Ciro, a boa relação com o Minas vem a calhar. Está melhor colocado nas pesquisas que a pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), mas, além de não ter respaldo na cúpula do governo para lançar sua candidatura, setores do PT trabalharam para asfixiá-la retirando o apoio de outras legendas. "Sou pré-candidato a presidente. Se Aécio não conseguir sua indicação no PSDB, quero ter a simpatia de Minas", disse o deputado. O pré-acordo entre PT e PMDB também prejudicou entendimento em torno da indicação de Ciro para vice de Dilma, posto defendido por setores do PSB.
Na corrida para viabilizar seu nome, o governador mineiro passou o dia em São Paulo onde se encontrou com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais). Ao comentar as críticas feitas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao governo Lula, Aécio afirmou que se deve tomar cuidado para não cair na "armadilha" do debate plebiscitário, defendido pelo PT - em artigo no Estado há quase dez dias, o ex-presidente classificou de "autoritarismo popular" a gestão petista.
Embora tenha defendido FHC, ao dizer que o ex-presidente tem "autoridade intelectual e política", Aécio afirmou que, "do ponto de vista eleitoral, devemos o construir uma estratégia que fuja da armadilha da eleição plebiscitária". "Não é um jogo de vida ou morte", completou.
Aécio montou seu discurso para os empresários apresentando-se como alternativa política, com maior condição de governabilidade. "Não queremos apenas vencer as eleições e criar de novo um radicalismo que assistimos em 94, 98, 2002 e 2006. Não gostaria que 2010 fosse a reedição das últimas eleições, onde quem perde vai para o outro canto do ringue, criando dificuldades".
Seguindo FHC, ele subiu o tom das críticas. Disse que o aumento dos gastos do governo prejudica a capacidade de investimento. "(O País) perdeu oportunidades num ciclo expansivo da economia mundial e menos ainda agregou o que quer que seja do ponto de vista administrativo. Nesse caso, registre-se, ocorreu retrocesso." À tarde, em entrevista ao programa Show Business, de João Dória Jr., na Band, disse que o Brasil vive uma "monarquia republicana", em razão da concentração de recursos nas mãos da União
A ideia é que já na próxima terça-feira Aécio e Ciro almocem juntos no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, para dar publicidade à dobradinha. Os dois, que cultivam boa relação pessoal, têm conversado com frequência, no momento em que encontram dificuldades para colocar na rua suas candidaturas ao Planalto.
Aécio disputa com o governador paulista, José Serra, a indicação do PSDB para concorrer à Presidência. Nas últimas semanas, entrou numa queda de braço com Serra para antecipar a data de escolha do candidato tucano - o paulista é contra a antecipação da candidatura. Aécio, com projeção nacional menor que Serra, quer que a escolha do nome seja feita até o começo do ano que vem. Os dois governadores conversaram anteontem por telefone e devem se encontrar nos próximos dias para tentar um entendimento.
O encontro com Ciro é útil para Aécio, porque ilustra o que o mineiro tem dito ser o seu diferencial: ter condições de agregar mais forças políticas em torno do projeto presidencial tucano que Serra - o paulista e Ciro são desafetos políticos.
Para Ciro, a boa relação com o Minas vem a calhar. Está melhor colocado nas pesquisas que a pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), mas, além de não ter respaldo na cúpula do governo para lançar sua candidatura, setores do PT trabalharam para asfixiá-la retirando o apoio de outras legendas. "Sou pré-candidato a presidente. Se Aécio não conseguir sua indicação no PSDB, quero ter a simpatia de Minas", disse o deputado. O pré-acordo entre PT e PMDB também prejudicou entendimento em torno da indicação de Ciro para vice de Dilma, posto defendido por setores do PSB.
Na corrida para viabilizar seu nome, o governador mineiro passou o dia em São Paulo onde se encontrou com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais). Ao comentar as críticas feitas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao governo Lula, Aécio afirmou que se deve tomar cuidado para não cair na "armadilha" do debate plebiscitário, defendido pelo PT - em artigo no Estado há quase dez dias, o ex-presidente classificou de "autoritarismo popular" a gestão petista.
Embora tenha defendido FHC, ao dizer que o ex-presidente tem "autoridade intelectual e política", Aécio afirmou que, "do ponto de vista eleitoral, devemos o construir uma estratégia que fuja da armadilha da eleição plebiscitária". "Não é um jogo de vida ou morte", completou.
Aécio montou seu discurso para os empresários apresentando-se como alternativa política, com maior condição de governabilidade. "Não queremos apenas vencer as eleições e criar de novo um radicalismo que assistimos em 94, 98, 2002 e 2006. Não gostaria que 2010 fosse a reedição das últimas eleições, onde quem perde vai para o outro canto do ringue, criando dificuldades".
Seguindo FHC, ele subiu o tom das críticas. Disse que o aumento dos gastos do governo prejudica a capacidade de investimento. "(O País) perdeu oportunidades num ciclo expansivo da economia mundial e menos ainda agregou o que quer que seja do ponto de vista administrativo. Nesse caso, registre-se, ocorreu retrocesso." À tarde, em entrevista ao programa Show Business, de João Dória Jr., na Band, disse que o Brasil vive uma "monarquia republicana", em razão da concentração de recursos nas mãos da União
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