Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

domingo, 15 de novembro de 2009

FHC, um homem de classe


16h18 - 15/11/2009

A polêmica de FHC e o reconhecimento do filho


                                                                       Jornalista Mirian Dutra                                                       
Fernando Henrique Cardoso, presidente da República de 1995 a 2002, decidiu reconhecer oficialmente o filho que teve com a jornalista Mirian Dutra, da Rede Globo. A revelação está na Folha de hoje, emreportagem (para assinantes) de Mônica Bergamo.

A blogosfera política entrou em parafuso.

Petistas e afins encheram a boca para dizer que a mídia cometeu um absurdo ao não noticiar o fato por 18 anos, idade do filho de FHC agora reconhecido. Por que nada foi publicado?

Outra opinião foi elogiar a forma como FHC e Miriam conduziram o caso, com discrição.

O assunto é polêmico. Há um pouco de razão em cada lado.

Os adversários do tucano citam o caso Luriam, a filha de Lula que surgiu no meio da campanha presidencial de 1989. Ou a filha, ainda bebê, de Renan Calheiros (PMDB) com uma jornalista, episódio surgido em 2007.

O que esses casos todos têm em comum? Políticos conhecidos nacionalmente tendo filhos fora do casamento. E qual é a diferença? No caso de FHC e Miriam nunca um dos dois apareceu em público para falar mal um do outro.

No caso de Luriam, a mãe da menina foi à TV (sob o incentivo da campanha de Fernando Collor) para descer a lenha em Lula.

No caso de Renan Calheiros, a mãe de sua filha também falou publicamente sobre o assunto.

Pergunta: o fato de FHC e Miriam Dutra nunca terem falado em público sobre o filho que tiveram foi argumento suficiente para que a grande mídia se calasse? Difícil responder de maneira peremptória.

Em 1994, numa conversa com FHC, o blogueiro perguntou numa conversa reservada: “O que o Sr. tem a dizer sobre os mexericos a respeito de um filho seu fora do casamento?”. E FHC: “Tem alguma mãe dizendo que tem um filho meu? Se não tem, não tem o que ser dito?”.

A mãe do filho de FHC foi procurada. Nunca quis falar.

Este blogueiro acha que todos os homens públicos têm necessariamente de arcar com ônus de perder parte de privacidade de suas vidas. Até porque um filho fora do casamento e não reconhecido oficialmente pode ser objeto de alguma pressão indevida sobre alguém que controla grandes orçamentos e toma decisões relevantes para o país.

Um cidadão vivendo estritamente na esfera privada não deve ter aspectos reservados do seu dia-a-dia relevados pela mídia. Seria um despautério. Mas a régua e compasso a serem usados para medir um homem público são diferentes.

No caso, FHC era candidato e depois presidente da República. Sabe-se lá que tipo de pressão sofreu (ou não) por conta de desejar manter em sigilo a história sobre seu filho não reconhecido oficialmente. Pode até ser que não houve pressão de nenhum tipo. Nunca saberemos.

O melhor nesses episódios é divulgar, com o cuidado e respeito devido, tudo o que for possível ser comprovado a respeito de homens públicos.

Mas como escreveu hoje Kennedy Alencar, uma das características da “imprensa brasileira é respeitar a privacidade dos políticos”, embora sempre ocorra “um excesso aqui e outro ali”.

Talvez até para evitar medidas diferentes para episódios iguais a mídia devesse refletir mais sobre o tema.

Tudo considerado, esse episódio do filho de FHC com a jornalista Miriam Dutra fica como um “case study” para imprensa.

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