09/11/2009
São Paulo é a Waterloo de Dilma; o Rio, é a de Serra
Moacyr Lopes Jr./Folha
Dilma Rousseff e José Serra enfretam dificuldades para montar palanques em dois dos maiores colégios eleitorais do país. Ela, em São Paulo. Ele, no Rio.
Dilma Rousseff e José Serra enfretam dificuldades para montar palanques em dois dos maiores colégios eleitorais do país. Ela, em São Paulo. Ele, no Rio.
Nesta segunda (9), nove sócios do consórcio partidário que gravita em torno de Lula reuniram-se em São Paulo.
Decidiram diagnosticar os problemas do Estado e elaborar um programa de governo. Organizarão seminários. Farão mais três ou quatro reuniões.
E quanto ao candidato? "Essa é uma reunião desprovida de nomes”, disse o presidente do PT, Ricardo Berzoini.
Numa visão pessimista, falta-lhes um nome para disputar o governo paulista. De um ângulo otimista, os nomes abundam.
Só no PT há seis –entre eles Antonio '5%' Palocci. Nessa matéria, como se sabe, quem tem muitos não dispõe de nenhum.
As reuniões de passatempo devem perdurar até março de 2010, mês em que Ciro Gomes, o candidato multiuso do PSB, dirá o que pretende fazer da vida.
Mantendo-se no ringue presidencial, Ciro complica a vida de Dilma. Metendo-se na refrega paulista, abre um palanque para a ministra.
Para desassossego de Berzoini, o presidente do PSB-SP, deputado Márcio França, disse que, por ora, Ciro é candidato à presidência.
Mal comparando, a oposição arrosta dificuldades análogas no Rio, a Waterloo de Serra.
Ali, PSDB, DEM e PPS pretendiam comparecer a 2010 com um candidato ao governo terceirizado: Fernando Gabeira (PV).
Gabeira afeiçoara-se à idéia. Mas sobreveio a candidatura presidencial verde de Marina Silva. E o deputado deu meia-volta.
Na semana passada, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, esteve no Rio. Reuniu-se com o tucanato local. Decidiu-se:
1. Fazer um apelo a Gabeira para que concorra ao governo, não ao Senado.
2. Se Gabeira bater o pé, o PSDB tentará convencer o DEM a lançar o ex-prefeito Cesar Maia, hoje candidato ao Senado.
3. Se Cesar Maia der pra trás, vai-se tentar encontrar um nome dentro do PSDB. Qual? Não se sabe.
A exemplo dos sem-palanque de São Paulo, a oposição ainda fará muitas reuniões passatempo antes de chegar a uma deliberação razoável no Rio.
Escrito por Josias de Souza às 21h05
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