- FABIANA LEAL
- terra Direto de Porto Alegre
Sem a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as eleições presidenciais de 2010 não serão decididas por carisma, mas por currículo e por um debate mais pragmático. Essa é a posição do secretário de Estado do Emprego e das Relações do Trabalho de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (DEM), que palestrou nesta quarta-feira na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), em Porto Alegre (RS).
"Não será uma eleição de carismáticos, porque, olhando o cenário político, não temos muitos carismáticos. O maior carismático (presidente Lula) não é candidato", afirmou Afif, comparando os possíveis presidenciáveis à figura do petista.
A ausência da jogada política pelo terceiro mandato de Lula aponta uma maturidade na democracia brasileira e deixa o País como o mais estável neste quisito na América Latina, segundo Afif. E isso contribui para investimentos externos a longo prazo na economia brasileira. Para o secretário, se Lula pudesse concorrer a uma segunda reeleição, ele venceria o pleito. Entretanto, não acredita que o prestígio do petista seja transferido para a sua candidata, a minista chefe da Casa Civil Dilma Rousseff.
A popularidade interna e internacional do presidente Lula é, segundo Afif, fruto da sua história e não dos seus méritos. "Eu acho que o presidente é uma grande história. É o operário que deu certo. É o operário que administrou o Brasil num momento bom da história. E ele sabe disso", afirmou o secretário do governo Serra.
Em setembro, Lula disse, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que se dependesse de carisma o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), não poderia ser candidato e seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), não teria chegado ao Planalto. Lula fez a afirmação ao ser questionado se a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, não teria dificuldade em ser candidata à Presidência da República em 2010 por não ter carisma e trânsito dentro do PT. No mesmo mês, reportagem do site da revista Newswek chamou o presidente brasileiro de "o político mais popular do planeta".
PSDB
Apesar de ainda estar indefinido o candidato do PSDB à Presidência, se Serra ou o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, Afif se refere ao governador paulista como presidenciável. No entanto, afirma que Serra está certo em adiar a divulgação da sua candidatura para evitar o desgaste antecipado, o que, segundo ele, só interessa à oposição. De acordo com Afif, como o PT não tinha candidato, precisou criar um - a ministra Dilma. "Quem está desfavorável quer antecipar (o debate político); quem está favorecido, quer esperar", disse.
Apesar de ainda estar indefinido o candidato do PSDB à Presidência, se Serra ou o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, Afif se refere ao governador paulista como presidenciável. No entanto, afirma que Serra está certo em adiar a divulgação da sua candidatura para evitar o desgaste antecipado, o que, segundo ele, só interessa à oposição. De acordo com Afif, como o PT não tinha candidato, precisou criar um - a ministra Dilma. "Quem está desfavorável quer antecipar (o debate político); quem está favorecido, quer esperar", disse.
Aécio é considerado pelo secretário uma grande revelação promissora e um grande líder do Estado de Minas Gerais, mas ainda precisa fazer carreira nacional. Mesmo não fechando uma chapa branca entre Aécio e Serra, Afif acredita que o primeiro terá todo o empenho na candidatura do paulista e deveria assumir uma carreira na área social para se tornar conhecido.
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