Roger Agnelli, presidente da Vale
Lula ouve planos da Vale
Postado por Cristiana Lôbo em 19 de outubro de 2009 às 21:31
O encontro do presidente Lula com o presidente da Vale, Roger Agnelli, deveria durar apenas 20 minutos, mas se estendeu por mais de duas horas - o que pode denotar interesse do presidente pela conversa. Ele quis ouvir, detalhadamente, os planos de investimento da empresa para 2010 que, segundo o anúncio feito, será quase 30% maior do que o deste ano. Mas, ao contrário do que está habituado a fazer, Lula não abriu o encontro para imagens. Os dois, no entanto, se encontraram em festa da Carta Capital, em São Paulo.
Para o encontro com Roger Agnelli, o presidente Lula chamou a ministra Dilma Roussef, sua candidata à presidência no ano que vem e que, nesta segunda-feira, falou em entrevista que a Vale deveria agregar valor às suas exportações. Ou seja, opinando que a Vale deve investir no setor de siderurgia e não ficar restrita à condição de mineradora - o mesmo ponto de vista do presidente Lula. Com Dilma, Roger Agnelli mostrou os projetos que ainda dependem de licença ambiental, problema que ela enfrentou com outros projetos do governo, como a construção de hidrelétricas no Rio Madeira.
De sua parte, Roger Agnelli convidou para o encontro no qual apresentou o plano de investimento da empresa Luciano Coutinho, do BNDES e Sérgio Rosa, presidente da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, indicado pelo PT. Os dois integram o Conselho de Administração da Vale.
No fim do encontro, chegou o ministro Guido Mantega - o mesmo que cobrou de Roger Agnelli investimentos internos e confiança na economia brasileira, no encontro de Lula com Roger, em oito de setembro. Este encontro , no qual Roger Agnelli mostrou fotos de 49 empreendimentos da Vale, e já era uma satisfação que era dada ao presidente Lula, foi palco de intensa cobrança de Mantega ao presidente da Vale. Desta vez, a participação de Mantega foi mais amena. Ele falou da medida que acabava de ser anunciada de taxação do capital estrangeiro em 2% como forma de segurar o dolar. Roger Agnelli apoiou a medida, observando que a Vale é empresa exportadora.


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