No comando, o mais polêmico Marco Aurélio Garcia é escolhido coordenador do programa de governo do PT na eleição de 2010. Qual o Brasil que ele desenhará para Dilma? Sérgio Pardellas e Claudio Dantas Sequeira Isto É
Garcia está no PT desde a sua fundação. Dentro do partido é considerado um dos principais ideólogos da legenda e entre os interlocutores mais próximos é conhecido como "professor" - embora sua produção acadêmica, em quantidade e qualidade, seja tímida. Apesar de fazer parte dos chamados militantes históricos e desfrutar da amizade pessoal de Lula, ele ficou célebre nacionalmente por motivos bem menos honrosos. Em meio às acusações de responsabilidade do governo no acidente com o voo 3054 da TAM, que vitimou 199 pessoas em São Paulo em julho de 2007, Garcia foi flagrado por uma equipe da Rede Globo fazendo gestos pouco ortodoxos ao saber que a causa do acidente havia sido mecânica, e não da pista do Aeroporto de Congonhas, como insinuava a oposição. O episódio causou um imenso desgaste ao governo, mas não a ponto de fazê-lo perder o cargo. A escolha para ser o coordenador político da campanha da ministra Dilma mostra que o caso não abalou seu prestígio com Lula, que nesse momento é quem vem, de fato, movimentando as peças do xadrez eleitoral de 2010. Garcia coordenará um grupo de pesos-pesados petistas integrado pelo ex-ministro e hoje deputado federal Antônio Palocci, o presidente do partido, Ricardo Berzoini, o assessor pessoal da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ex-prefeito de Guarulhos, Elói Pietá. A eles caberá a função de buscar apoio para Dilma nos movimentos sociais, sindicatos e também na base aliada do governo, mas sobretudo traçar as diretrizes de governo que serão apresentadas ao julgamento do eleitor.
"Marco Aurélio é um companheiro de larga experiência política e administrativa, que conhece o Brasil como poucos", elogia o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP).
A interlocutores próximos, o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência tem afirmado que para vencer o PSDB a ministra precisa deixar claro que seu governo será uma extensão dos dois mandatos do presidente Lula. "O governo de Dilma será melhor que o governo de Lula", afirmou em recente conversa com assessores. O entendimento entre a cúpula petista é de que Dilma não pode afirmar que fará melhor, mas sim que fará mais do que Lula. Garcia também não pretende definir números grandiosos no programa de governo por temer que essas metas possam servir de munição aos adversários na campanha. Como se eles ainda precisassem. | ||||
sábado, 10 de outubro de 2009
Garcia, o desastrado: que azar da Dilma!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.