Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Enquanto Serra hesita, Dilma se estrutura


Mega-aliança de Dilma terá 7 partidos e o dobro de TV

Sérgio Lima/Folha

Lula converteu o Alvorada em palco da aliança PT-PMDB em favor de Dilma    

Lula alinhavou na noite passada o principal ponto da costura que acomodará ao redor de Dilma Rousseff a maior aliança já constituída numa eleição presidencial.

Em jantar realizado no Palácio da Alvorada, o presidente patrocinou a celebração de um pré-acordo eleitoral entre PT e PMDB.

São os dois maiores partidos do consórcio governista. Ficou sacramentado que virá do PMDB o parceiro de chapa de Dilma.

Espera-se agregar à aliança outras cinco legendas menores: PDT, PCdoB, PR, PRB e PP. Dilma se reuniu com todas, exceto o PP, agendado para a semana que vem.

Estima-se que, escorada nessas sete legendas, Dilma vai à campanha de 2010 com o dobro do tempo de TV do rival do PSDB, provavelmente José Serra.

Dilma disporia de algo em torno de 11 minutos. Serra, por ora fechado apenas com DEM e PPS, teria cerca de 6 minutos (O cálculo depende do total de candidatos).

À mesa do Alvorada, Lula disse que sua candidata dispõe de uma aliança para vencer e, mais importante, governar a partir de 2011.

O repasto começou Às 20h30 com um coquetel, no living do palácio. E terminou com um brinde, pouco antes das 23h, na sala de jantar.

Coube ao deputado Antonio Palocci (PT-SP) erguer a taça de vinho tinto. Brindou ao êxito da parceria PMDB-PT e ao futuro do Brasil.

Participaram do “tintim”, além do anfitrião, ministros e congressistas das duas legendas. O roçar de taças ocorreu depois da intervenção de Dilma.

Ela agradeceu o gesto do PMDB. Exaltou o papel do parceiro na “coalizão” que dá suporte político à gestão Lula.

Afirmou que, respaldada pela mesma parceria, sente-se à vontade para ir às ruas e falar sobre o futuro do país, à luz “do que já foi feito” sob Lula.

Dilma foi a última a falar. Antes dela, manifestaram-se Ricardo Berzoini, pelo PT; e Michel Temer, pelo PMDB.

Berzoini realçou o valor estratégico da aliança nacional com o PMDB. Esquivou-se de mencionar que a vice seria do PMDB.

Temer tratou de levar à mesa a reivindicação da vice. Mencionou dois outros pontos alinhavados em tratativas anteriores.

Disse que o PMDB deseja integrar o comando da campanha de Dilma e participar da elaboração do programa a ser esgrimido pela candidata nos palanques.

É a primeira vez, disse Temer, que o PMDB participa de uma campanha presidencial em todas as suas fases, desde o nascedouro.

Meia verdade. Na sucessão de 2002, o partido acertara-se com o tucano José Serra. Indicara para vice a deputada Rita Camata (ES), recém-filiada ao PSDB.

Nas pegadas de Temer, falou Lula. Cuidou de corrigir a omissão de Berzoini. “Vamos deixar as coisas claras”, iniciou.

PT e PMDB, disse o presidente, na condição de maiores partidos da coligação, comporão a chapa. “O PMDB tem a vice”, declarou, em timbre peremptório.

Mencionou outro tópico que inquieta a cúpula do PMDB: a dificuldade de reproduzir a aliança nacional em todos os Estados.

Onde não for possível fechar acordos, Lula acrescentou, haverá uma regra de convivência entre os candidatos a governador das duas legendas.

Nesse ponto, Lula olhou para Geddel Vieira Lima, o ministro pemedebê que irá às urnas da Bahia contra o governador petê Jaques Wagner.

“Em determinados casos”, disse Lula, “talvez nem eu nem a Dilma vamos poder participar das campanhas...”

“...Há companheiros envolvidos. Não vamos tratar como uma questão pessoal, mas política. Vocês vão ter de fazer uma comissão para definir como vai ser”.

O pré-acordo consolidado no jantar terá de ser referendado nas convenções partidárias que ocorrerão em junho de 2010.

O PMDB, como sempre, está dividido. Mas Temer disse no jantar que antevê uma aprovação “tranquila” ao nome de Dilma na convenção peemedebista.

Acertados os detalhes, os comensais foram aos talheres. O cardápio do Alvorada incluía dois tipos de prato: filé e costela de tambaqui, um peixe amazônico.

O repasto terminou sem que ninguém mencionasse à mesa o nome do futuro vice de Dilma. Temer é o nome mais provável. Porém...

Porém, entende-se que o mais adequado é transferir a decisão para o ano que vem. Primeiro porque Dilma ainda não se assumiu formalmente como candidata.

Segundo porque, reconhecendo-se prematuramente como postulante à vice, Temer iria à vitrine na condição de alvo. Algo que não convém a alguém que se apresenta como árbitro.

Estavam representados no jantar o PMDB da Câmara (Temer e o líder Henrique Eduardo Alves); e o do Senado (José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá).

Exceto por José Gomes Temporão (Saúde), que festejava o aniversário com a família, no Rio, foram ao Alvorada todos os ministros do PMDB.

Entre eles o recém-filiado Henrique Meirelles, que, como presidente do BC, tem status de ministro.

Pelo lado do PT, além de Berzoini e Dilma, compareceram os líderes das duas Casas do Legisaltivo e os ministros Tarso Genro (Justiça) e Paulo Bernardo (Planejamento).

Saíram todos com as almas e os estômagos saciados. Querem agora jantar José Serra.
Escrito por Josias de Souza às 04h14

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