
Enviado por Ricardo Noblat -
22.10.2009
|19h32m
Ibope - O 'efeito Aécio'
A propósito da pesquisa nacional do Ibope para presidente da República aplicada entre os dias 1 e 5 do mês em curso e que ouviu 2002 eleitores:
1. Escrevi, ontem, que ela fora encomendada pelo PSDB. Hoje, corrigi a informação. A pesquisa foi encomendada pelo empresário carioca Ronaldo Cesar Coelho, um dos fundadores do PSDB.
2. Hoje, mais cedo, escrevi que o Ibope ouviu os eleitores sobre candidato x candidato e suposta chapa x suposta chapa. E como o governador José Serra ficou com 41% das intenções de voto nos dois casos, concluí que a companhia de Aécio Neves como vice dele nada acrescentou.
3. A conclusão está errada. Porque somente há pouco tive certeza que o Ibope apresentou primeiro aos eleitores uma cartela com as chapas completas (Serra/Aécio, Dilma/Temer, Ciro/Lupi e Marina/Guilherme Leal). Só depois apresentou a cartela com os nomes dos candidatos a presidente desacompanhados dos respectivos vices.
4. Isso fez diferença - pelo menos no caso de Serra. O que chamo de "efeito Aécio" foi produzido quando o eleitor examinou primeiro as chapas completas. Ao examinar depois apenas os nomes dos candidatos a presidente, quem escolhera antes Serra/Aécio se limitou a responder que votaria em Serra.
5. Está errada a comparação que fiz ontem entre a pesquisa de setembro do Ibope, que conferira a Serra 35% das intenções de voto, e essa mais recente que o empurrou para 41%.
As duas pesquisas não podem ser comparadas. Simplesmente porque a pesquisa de setembro não ofereceu ao eleitor a opção de votar em chapas completas (presidente e vice).
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