Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quem sabe o home num acaba na Academia, proposto pelo Sarney?


Em sete anos e meio, o candidato a comandante da ONU escreveu 19 palavras

A coluna errou ao afirmar que a letra de Lula deu as caras pela última vez em 7 de novembro de 1981, no bilhete acima reproduzido. Os garranchos titubeantes de quem trocou salas de aula por campinhos de futebol apenas mergulharam na clandestinidade. Em 2005, pela primeira vez depois da chegada de Lula à presidência, a raridade foragida fez uma ligeiríssima aparição em Brasília. Nesta terça-feira, foi vista em São Paulo, durante o lançamento do livro de Aloizio Mercadante, por 20 leitores premiados com o autógrafo do único presidente que escreve como um aluno do pré-primário.
Na mensagem de 1981, endereçada ao sobrinho Dogival, Lula desenhou 22 palavras e 6 algarismos, fuzilou uma preposição, degolou uma vírgula e demitiu um acento agudo para cumprimentar o aniversariante. Em dezembro de 2005, a ararinha-azul da caligrafia apareceu inesperadamente em 19 palavras rabiscadas numa folha de papel. Avistada pelo repórter Alan Marques e capturada por um fotógrafo do Globo, foi  exibida na primeira página da edição do dia seguinte.
Como se vê na reprodução acima, o texto se divide em duas anotações. Primeira: “Tem demandas do Conselho que precisa ser discutido”. Não é fácil juntar numa só linha uma troca de verbo, um erro de concordância e dois assassinatos do plural. Lula conseguiu. O segundo tópico informa que Lula acabou de receber uma notícia bom (“Pnad” ) e duas notícias ruins: “PIB – Zé Dirceu”. Na foto, os dedos do presidente encobrem parcialmente o nome do companheiro despejado meses antes da chefia da Casa Civil.
O manuscrito revela o que Lula de fato sentiu quando confrontado com três notícias. Alegrou-se com o crescimento da renda total detectado pela  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2005 (8,7%). Não gostou do crescimento pífio do PIB (2,2%) nem da cassação do mandato de José Dirceu, aprovada pela Câmara dos Deputados em 1° de dezembro. Ao discursar na reunião, Lula escondeu o desconforto causado pelas notícias ruins e concentrou-se na boa para decolar rumo ao palavrório triunfalista.
O confronto entre as anotações e a discurseira reafirma que registros escritos revelam a verdade que registros orais tentam ocultar. Escrever é um ato solitário. Falar só faz sentido se há alguém ouvindo. Quase todos os políticos usam a voz para iludir plateias. Raríssimos rabiscam mentiras que só eles lerão. Historiadores sérios reconstituem os fatos baseados em registros escritos. Os presidentes brasileiros deixaram montanhas de manuscritos. Lula produziu só um. Em sete anos e meio, escreveu 19 palavras.
Não há manifestação mais perversa de elitismo do que autorizar quem nasceu pobre a morrer ignorante. Lula, insista-se, só não estudou porque não quis. Sobra-lhe tempo há pelo menos 30 anos. O que falta é a obstinação e a coragem que fizeram Marina Silva aprender a expressar-se como qualquer louro de olhos azuis. Nascida num seringal do Acre, Marina sobreviveu à malária e à miséria, alfabetizou-se aos 16 anos e, aos 28, concluiu a Faculdade de História.
Lula anda sonhando com a secretaria-geral da ONU. Esqueceria imediatamente a ideia se algum integrante da entidade lhe pedisse que justificasse a candidatura com um manuscrito de cinco linhas. Confrontado com o perigo, o campeão da bazófia retomaria a promessa de, depois de deixar o Planalto, gastar o tempo contando vantagem nos botequins de São Bernardo.


Vice de Serra: opinião do jornalista Fernando Rodrigues

Novo vice de Serra acalma crise, mas não a elimina

Fernando Rodrigues

A escolha do deputado federal Índio da Costa (DEM-RJ) (post abaixo) para ser o candidato a vice-presidente na chapa com José Serra (PSDB) acalma, porém não resolve totalmente a crise entre demistas e tucanos. Feridas ainda estão abertas. Não serão cicatrizadas facilmente –ainda mais agora que as taxas nas pesquisas eleitorais não têm sido favoráveis ao candidato do PSDB.

O DEM foi humilhado na última 6ª feira ao saber pelo Twitter de Roberto Jefferson que o vice de Serra seria o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Nos últimos 5 dias, vários demistas deram declarações ácidas. Não há como apagá-las. Num momento de fúria, o presidente nacional dos  Democratas, o deputado federal Rodrigo Maia (RJ) chegou a admitir para o jornalista Ilimar Franco: “A eleição nós já perdemos. Não podemos perder o caráter. Tentaram me isolar, mas não conseguiram apoio”. Em resumo, Maia disse que a oposição já estaria derrotada na disputa presidencial.

Ao saber que o DEM estava sendo deixado para trás na escolha do vice, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) disparou: “O poder do Serra de desorganizar as coisas é fora do comum”.

O fato é que o tentar resolver o palanque tucano no Paraná, com a escolha de Álvaro Dias para vice de Serra, o PSDB saiu-se pior do que entrou. Agora, o irmão de Álvaro, o também senador Osmar Dias (PDT-PR), vai concorrer ao governo daquele Estado com o apoio do PT –e de Dilma Rousseff e de Lula. Vamos admitir que Álvaro Dias não estará também muito animado para fazer campanha pró-Serra depois de ter sido ejetado da chapa. Aliás, Álvaro Dias já fez campanha a favor de Lula em 2002 –contra Serra.

Por fim, ficou no ar o recado dado por José Serra ao Democratas: preferia não ter esse partido ao seu lado formalmente, pois acredita que o DEM está com uma imagem péssima por causa de escândalos recentes, como o “mensalão” em Brasília.

Aí encontrou-se o deputado federal Índio da Costa. Trata-se de um político em seu primeiro mandato. Com pouco passado, não apresenta um grande óbice à imagem a ser projetada pela chapa presidencial de Serra. Índio da Costa notabilizou-se como grande defensor da Lei dos Fichas Limpas. Aqui, a biografia que o próprio divulga em seu site.

Do ponto de vista da densidade eleitoral, Costa não dará a Serra nenhum caminhão de votos no Rio. A sua presença na chapa tucana visa a amalgamar a aliança entre PSDB e DEM e assim garantir todos os minutos das duas siglas para Serra durante o horário eleitoral.

Mas nos Estados haverá ainda muitos demistas torcendo o nariz para a forma pouco agregadora como Serra conduziu o processo da escolha do vice. Se o tucano disparar nas pesquisas e virar favorito, tudo passa. Mas se o cenário continuar cinza para os tucanos, como mostram as últimas pesquisas, é enorme a chance de não se materializar o apoio real do DEM a Serra nos Estados.

ES - Discordo dos comentários do jornalista. O maior problema de Serra no DEM estava no Rio, com os Maia's (César e Rodrigo, por via de consequência), que se achavam desprestigiados na campanha. Índio da Costa é pessoa da confiança de César Maia, do qual foi secretário de administração municipal. Sei disso porque fui também secretário de administração na mesma época e tive uma certa convivência com Indio e com o seu staff. A escolha vai deixar o DEM mais agregado a Serra, exatamente o contrário do que diz o jornalista. Embora extemporânea, Indio foi uma boa saída para o PSDB.


Biografia de Índio da Costa, o vice de Serra

Biografia


Antonio Pedro de Siqueira Indio da Costa






Deputado Federal, do Partido Democratas (DEM), eleito em 2006. É membro da CCJ - Comissão de Constituição e Justiça; da Comissão de Defesa do Consumidor; e da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. É relator do Estatuto da Metrópole. Foi relator da atual lei 135 de 2010, conhecida como "Ficha Limpa".

Publicações:
Administração Pública no Século XXI – Foco no Cidadão; Qualitymark, 2007. A Reforma do Poder: o caso da Secretaria de Administração do RJ; Qualitymark 2003. Autor do Prefácio: A Harmonia do conflito: a arte da estratégia de Sun Tzu, Lima, Carlos; Qualitymark, 1998.
Funções Públicas: – COMUDES 1993
Conselho Municipal de Desenvolvimento da Cidade do Rio de Janeiro

Prefeitinho, Parque do Flamengo 1994/1995

Administrador Regional Copacabana e Leme - 1995/1996

Secretário Municipal de Administração da Prefeitura do Rio de Janeiro - 2001/2006

Atuou com foco na desburocratização, criando um sistema de Administração matricial, reduzindo níveis hierárquicos, prazos e custos. Valorizou a transparência e o Servidor Público de carreira.

Nascido no Rio de Janeiro, em 1970, Bacharel em Direito pela Universidade Cândido Mendes, com especialização em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Mandatos Eletivos:
Vereador da Cidade do Rio de Janeiro, pelo antigo Partido da Frente Liberal (PFL) e atualmente Democratas (DEM), eleito em 1996, 2000 e 2004.

Na Câmara de Vereadores, integrou comissões de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira; Constituição e Justiça; Educação e Cultura e Turismo. É co-autor da política de turismo da cidade do Rio de Janeiro.




Encontro de Álvaro Dias com o DEM


Cúpula do DEM e Alvaro Dias se encontram casualmente em churrascaria

Vice de Serra: Deputado Índio da Costa (DEM - RJ)


Pressionado pelo DEM, Serra anuncia deputado Indio da Costa como vice

FHC demonstra ser grande articulador político


FHC atua nos bastidores para pacificar aliança DEM-PSDB




CLAUDIO LEAL

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso atua nos bastidores para conter a rebelião do DEM e pacificar os aliados do PSDB descontentes com a presença de um tucano na vice de José Serra.
Além de participar das reuniões com os Democratas, que atrasaram sua convenção nesta quarta-feira (30) para fechar um acordo vantajoso, FHC conversou por telefone com lideranças dos partidos aliados, tentando reparar os estragos da indicação unilateral do senador Álvaro Dias para ocupar a vice. Entre os interlocutores, o ex-governador da Bahia Paulo Souto (DEM), que já foi cotado para a vaga de vice e agora disputa o Executivo baiano. Conversaram ontem. Souto, da ala democrata mais próxima a Serra, ouviu um pedido de apoio à reaproximação das legendas.
Embora esteja guardado no armário da campanha tucana, desconfortável com sua imagem negativa junto ao imaginário do eleitor brasileiro, FHC usa a habilidade de negociador que, aparentemente, tem faltado a Serra. Reuniões se sucedem em São Paulo e as zangas dos dois partidos são dadas como mais amenas.


Aécio sempre soma


Aécio participou de reunião entre Serra e DEM para definir vice




MARCELA ROCHA
Direto de Brasília
Na madrugada desta quarta-feira (30), as cúpulas do DEM e do PSDB se reuniram novamente em São Paulo para negociar o nome do vice do candidato José Serra (PSDB) na corrida ao Palácio do Planalto. Numa reunião que se estendeu até às 6h, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), discutiram o assunto com Serra e o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, convidado a participar do encontro.
O mineiro era o favorito do DEM para assumir a vaga de vice de Serra. No entanto, Aécio enterrou essa possibilidade ao definir sua candidatura ao Senado por Minas. Fontes que confirmam a presença de Aécio na reunião fazem questão de ressalvar que não existe possibilidade de se voltar a discutir o nome do ex-governador mineiro para a vaga de vice. Ele foi chamado, afirmam, na condição de líder tucano importante e respeitado pelo DEM.
Os representantes do DEM deixaram uma reunião em Brasília e seguiram para São Paulo no início da madrugada. Na capital federal, líderes da legenda já davam como certo o afastamento de Alvaro da vice-presidência, tendo em vista que a candidatura de seu irmão, o também senador Osmar Dias (PDT), foi confirmada por ele próprio através de uma ligação.
O DEM voltou a defender o nome da ex-vice-governadora do Pará Valéria Pires para ocupar o posto. Entre os tucanos, fala-se novamente na senadora Marisa Serrano e no deputado Gustavo Fruet.
Com Alvaro Dias como vice, o PSDB alcançaria seu objetivo de formar uma chapa puro-sangue. Segundo tucanos, a tendência do DEM era de aceitar o nome de Alvaro Dias. No entanto, desistiram após a ligação de Osmar, explicando que o presidente de sua sigla e ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o convenceu a disputar o palácio paranaense.
As agremiações passaram dois dias consecutivos fazendo longas reuniões, que contaram, inclusive, com a presença de Serra e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Os partidos retomaram o diálogo e, segundo o senador Agripino Maia, voltaram à estaca zero.
A crise entre DEM e PSDB foi desencadeada pelo anúncio de que Alvaro Dias era o nome indicado pela cúpula tucana para ser vice de Serra. O DEM se sentia no direito de ficar com a vaga e não gostou de ter recebido a notícia pelo Twitter de Roberto Jefferson, presidente do PTB, que, na última sexta-feira (25), fez uma série de ofensas ao ex-PFL na sua página do microblog, depois de iniciada a reação dos democratas.
Segundo afirmou o deputado ACM Neto(DEM-BA), na manhã desta quarta, Serra, Kassab e Maia devem se reunir novamente para acertar os últimos detalhes, antes de chegar à Brasília para homologar o vice na convenção do DEM, que acaba de ser suspensa, à espera das lideranças.