06/03/2010
PF vê desvio de R$ 700 mi em 303 obras ‘varejadas’
Guto Cassiano

O repóter Flávio Ferreira pendurou na manchete da Folha uma dessas notícias azedas.
Coisa com potencial para azedar o final de semana do cidadão que se prapara para declarar o Imposto de Renda.
Diz a notícia: Levantamento feito pela Polícia Federal apontou superfaturamento de cerca de R$ 700 milhões em 303 obras públicas investigadas em 2009.
Quem manuseia o texto fica sabendo que, de cada R$ 100 despejados pelo Estado em canteiros de obras, R$ 29 foram superfaturados, em média.
O trabalho inclui obras sob a responsabilidade do governos federal, de Estados e de municípios.
São estradas, sistemas de esgoto, portos e aeroportos. Todos os empreendimentos receberam verbas do Tesouro Nacional. Daí o interesse da PF.
A políticia farejou o superfaturamento por meio de perícias. Foram feitas no ano passado. Envolveram onbras recém-iniciadas e antigas.

O campeão do sobrepreço é o Rio de Janeiro. Ali, foram varejadas 14 obras. Os desvios alçaram a casa dos R$ 148 milhões.
Vêm a seguir Goiás (superfaturamento de R$ 136 milhões em nove obras) e São Paulo (sobrepreço de R$ 134 milhões em quatro obras).
No Distrito Federal, perscrutou-se apenas uma obra, na qual a Viúva foi lesadea em R$ 87 milhões.
As apurações da PF correm em segredo. Por isso, não foram divulgados os nomes das empresas e das pessoas físicas envolvidas nos malfeitos.
O repórter apurou, contudo, que uma das obras mais vistosas incluídas no levantamento da PF é a Ferrovia Norte-Sul.
Começou sob a presidência de José Sarney. Hoje, é um dos empreendimentos prioritários do PAC.
Laudo referente a um pedaço da ferrovia –105 quilômetros de trilhos assentados entre Santa Isabel e Uruaçú, em Goiás, aponta desvio de cerca de R$ 55 milhões.
A Valec, empresa que toca a Norte-Sul disse que não recebeu nenhuma notificação da PF. Lorota.
Por via das dúvidas, afastaram-se o diretor de engenharia e a chefe da auditoria interna da empresa.
A Valec informa que auditoria do TCU apontara o sobrepreço. Em defesa protocolada no tribunal, a empresa contesta.
Escrito por Josias de Souza às 07h26

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