Enviado de Aécio vai a Serra para ‘confirmar’ o apoio
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Presidente do diretório do PSDB de Minas, o deputado federal Nárcio Rodrigues estará em São Paulo nesta terça (16).
Deve encontrar-se com o governador José Serra e com o também deputado Mendes Thame, presidente do PSDB-SP.
Entregará a ambos uma cópia de comunicado aprovado na noite passada em reunião da Executiva do PSDB mineiro (foto).
O documento vale menos pelo que traz escrito e mais pelo propósito da articulação que o precedeu.
Elaborado em combinação com Aécio, o texto informa o já sabido: Antonio Anastasia é o candidato do PSDB ao governo de Minas. E Aécio disputará o Senado.
Anota, de resto, algo que, em tese, deveria dispensar a formalidade de um documento oficial: O PSDB de Minas apoia o presidenciável do PSDB, José Serra.
O alarde em torno do supostamente óbvio é uma tentativa de Aécio de se livrar de uma pecha que grudou nele em eleições anteriores. A fama do “corpo mole”.
O documento refuta “qualquer iniciativa” que possa levantar dúvidas quanto às “convicções partidárias” do tucanato mineiro.
O aceno de fidelidade dirigido a Serra visa afastar de Aécio uma “macumba” armada na semana passada por um aliado do governador mineiro.
Chama-se José Antonio Prates. Filiado ao PTB, comanda o município de Salinas. Fechado com a candidatura de Aécio ao Senado, ele lançou o “voto Dilmasia”.
Segundo José Antonio, um grupo suprapartidário de prefeitos faria campanha pela eleição do tucano Anastasia para o governo de Minas. Para o Planalto, a petista Dilma.
Uma espécie de reedição do “voto Lulécio”, que vicejou na eleição de 2006 –para Minas, a reeleição de Aécio; para o Brasil, a recondução de Lula.
Na semana passada, Aécio dissera que a fórmula “Dilmasia” não passava de uma “bobagem”. Parecia negligenciar o fato.
A edição do comunicado que será entregue a Serra demonstra que Aécio dá mais importância à encrenca do que sua declaração fazia supor.
Resta conseguirá fazer valer o escrito. Há em Minas 853 municípios. A grossa maioria (625) é gerida por aliados de Aécio.
Dos 625 prefeitos simpáticos ao governador, 232 são filiados a partidos que, em Brasília, integram o consórcio que dá suporte congressual a Lula.
Legendas como PTB, PR, PP e PDT. É nesse núcleo que se propaga a articulação em favor do “voto Dilmasia”.
Uma opção que, materializada nas urnas, pode proporcionar a Serra uma azia mineira, com refluxos de pão de queijo.
Daí a embaixada do deputado Nárcio Rodrigues em São Paulo. Vai dizer a Serra que, por decisão de Aécio, o tucanato de Minas já providenciou o antiácido.
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