Suplicy diz ao PT que é ‘candidato’ ao governo de SP
Folha
O senador Eduardo Suplicy (SP) enviou uma carta à direção do PT.
O senador Eduardo Suplicy (SP) enviou uma carta à direção do PT.
Endereçou-a a duas pessoas: Edinho Silva e a Ricardo Berzoini.
Respondem, respectivamente, pelo comando dos diretórios paulista e nacional.
No texto, Suplicy apresenta-se como candidato do PT ao governo de São Paulo.
Anota que foi empurrado para a decisão em encontro realizado no sábado (5).
Reunira-se com militantes petistas para “prestar contas” de seu mandato.
“Cerca de 30 pessoas expressaram, em significativa maioria, o quão importante é para o PT ter candidato próprio ao governo do Estado”, Suplicy escreveu.
“Estimularam-me fortemente a ser uma das alternativas para que os filiados possam me apontar como o candidato”.
Suplicy entra no páreo num instante em que Lula tenta empinar um nome estranho aos quadros do PT: Ciro Gomes (PSB).
Na carta, Suplicy diz estar disposto a apoiar Ciro. Mas lembra que ele lhe disse que prefere concorrer ao Planalto.
Suplicy realça no texto, de resto, os nomes dos demais petistas cotados para representar o partido na refrega paulista.
Cita cinco nomes: Marta Suplicy, Antonio Palocci, Fernando Haddad, Emídio de Souza e Arlindo Chinaglia.
Acrescenta: “Se for possível chegar a um processo de consenso [...], muito bem!”
Do contrário, reivindica a realização de uma prévia, “precedida de debates” entre os candidatos.
O estatuto do PT prevê o mecanismo das prévias. Mas o partido não cogita utilizar a ferramenta em São Paulo.
À margem da aposta em Ciro, que arrefece à medida que o candidato demora-se a tomar uma decisão, planeja-se recorrer às pesquisas.
Viraria candidato da legenda à sucessão paulista o nome mais bem-posto nas sondagens eleitorais.
Por ora, o mais votado, Antonio Palocci, coleciona índices irrisórios, ao redor dos 5%.
Marta supera Palocci com folgas. Mas prefere disputar uma cadeira no Legisaltivo
Nesse cenário, Suplicy não entra na briga com cara de favorito. Mas não são negligenciáveis as chances de que supere a marca de Palocci.
Pode-se dirigir muitas críticas ao senador. Mas Suplicy não traz enganchada à biografia nada que se assemelhe à violação do sigilo bancário de um caseiro.
Escrito por Josias de Souza às 03h53
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