Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Lula não dá satisfação a Temer


À espera de manifestação de Lula, PMDB congela PT

Presidente prometera ligar para Temer, mas não telefonou

Fotos: Folha e ABr


O PMDB decidiu dar um gelo no PT. Mandou ao freezer as negociações em torno da aliança pró-Dilma Rousseff.

Lideranças dos dois partidos fariam nova reunião nesta quarta (16). Por iniciativa do PMDB, o encontro foi às calendas.

Sobreviveu ao final de semana o mal-estar provocado pelas declarações feitas há cinco dias por Lula, no Maranhão.

O presidente sugerira que o PMDB deveria indicar três alternativas de vice para Dilma. O partido tomou a fala como intrusiva e indelicada.

O nome do PMDB para a vice, Lula bem sabe, é o de Michel Temer, que se sentiu diminuído. E arrastou a solidariedade do partido.

O presidente da Câmara passou o sábado e o domingo na expectativa de receber um prometido telefonema de Lula.

Ligou muita gente. Afora os amigos de sempre, cinco ministros de Estado e o presidente do Senado, José Sarney. Nada de Lula. contudo.

Os afagos em Temer começaram na sexta (11). E estenderam-se até o domingo (13). Os primeiros a ligar foram Franklin Martins e a própria Dilma.

Ambos disseram a Temer que Lula o brindaria com um telefonema. A Dilma, o deputado disse:

“O presidente nem precisa se preocupar com isso. O que ele deve fazer é, na primeira oportunidade, dizer que o PMDB faz o que achar que deva fazer”.

A Franklin, ministro da Comunicação Social, Temer contou uma passagm da biografia de Ulysses Guimarães.

Disse que João Cunha, um antigo deputado do PMDB, costumava atacar Ulysses pelos jornais e, depois, o procurava no gabinete para fazer-lhe juras de amor.

Abespinhado, Ulysses deu um conselho ao desafeto:

“Olha, João, vamos inverter esse processo. Você agora vai falar bem de mim para a imprensa e só fala mal aqui comigo, no gabinete”.

Temer disse a Franklin que Lula poderia recordar, em público, um diálogo que tiveram, meses atrás, em privado.

Lula dissera a Temer que ele era o melhor nome para a vice. E o deputado ponderara que se deveria consolidar primeiro a aliança e, só depois, definir o vice.

Ainda na sexta, tocaram o telefone para Temer os ministos Alexandre Padilha (Coordenação Política) e Tarso Genro (Justiça).

No sábado, ligou o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), mencionado no noticiário como uma das alternativas de vice do PMDB.

“Lobão, você é o meu vice”, disse Temer, depois do alô. E Lobão: “Que é isso, Temer! Você já está escolhido”.

Neste domingo (13), telefonou José Sarney, o chefe político de Lobão. Tentou explicar a Temer o contexto em que se dera a declaração de Lula.

Sarney acompahara Lula na visita ao Maranhão. Disse que a comitiva presidencial deparara-se com faixas que traziam os seguintes dizeres: “Lobão é a solução”.

Coisa voltada para a disputa do governo do Maranhão, Sarney explicou a Temer. Que Lula teria entendido como movimento pela viabilização de Lobão como vice.

Sobreveio, segundo Sarney, a pergunta dirigida a Lula numa entrevista radiofônica: Temer ou Lobão?, eis o miolo do enunciado.

Foi quando Lula, em timbre acomodatício, saiu-se com o trololó da lista tríplice. Temer mastigou as explicações. Mas não parece tê-las engolido.

O que mais causou incômodo a Temer foi o fato de a frase de Lula ter chegado num instante em que enfrenta o que chama de “infâmia”.

Refere-se à declaração, feita num dos vídeos do escândalo de Brasília, por Alcyr Colaço, dono de um jornal obscuro da Capital.

Na cena, Colaço inclui o nome de Temer numa lista de supostos beneficiários dos panetone$ do governador José Roberto Arruda.
 Na tarde de domingo, durante a convenção em que Orestes Quércia foi reeleito presidente do PMDB-SP, Temer recebeu solidariedade irrestrita.

Até Roberto Requião, que esteve em São Paulo para desfilar como presidenciável do PMDB, contra o acordo pró-Dilma, defendeu-o enfaticamente em discurso.

Aos jornalistas, Temer disse que a frase de Lula não foi feliz. Sobre a “infâmia” de Colaço, declarou:

"Não seria agora, depois de mais de 35 anos de vida profissional e universitária e de 30 anos de vida pública...”

“...Que eu iria permitir que um estelionatário já condenado pela Justiça de São Paulo monte um vídeo para tentar acusações contra o presidente nacional do PMDB".

À noite, em privado, o deputado repisou a amigos seu entendimento de que, nesse contexto, uma manifestação de Lula tornou-se incontornável.

Não faz questão do telefonema do presidente. Prefere que ele desdiga o que disse no Maranhão em público.
Escrito por Josias de Souza às 04h39

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.