Enviado por Ricardo Noblat -
15.12.2009
|12h59m
Tudo pela `governança` de Lula

Está em curso a sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado destinada a sabatinar três nomes indicados pelo governo Lula para a diretoria da Agência Nacional de Águas (ANA).
No final de novembro último, o ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, havia sugerido à Casa Civil a indicação de Vicente Andreus para Diretor-Presidente; João Gilberto Lotufo e Gisella Damm Forattini para diretores, todos técnicos com respeitáveis currículos.
Na terça-feira da semana passada, Minc foi informado pela Casa Civil que deveria abrir mão de um dos nomes indicados.
O nome de Gisela foi excluído. No dia seguinte o Diário Oficial registrou os dois nomes remanescentes e o terceiro desconhecido de todos no ministério - Paulo Vieira, afilhado político dos senadores José Sarney (PMDB-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL), e Gim Argelo (PTB-DF), e do deputado Sandro Mabel (PR-GO).
Sarney e Renan dispensam apresentações.
Mabell é processado por não-recolhimento de impostos e investigado por um crime contra a ordem tributária que corre em segredo de Justiça. Ambos os processos tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2005, foi apontado como mensaleiro por uma CPI do Congresso.
Acabou absolvido no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados da acusação de ter oferecido R$ 1 milhão e mais R$ 30 mil por mês para que a deputada Professora Raquel Teixeira, de Goiás, trocasse o PSDB pelo PL, do qual ele era líder na época.
O prontuário de Gim é mais extenso. Ele era suplente do senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), que renunciou ao mandato para não ser cassado. Acumulou diversas acusações criminais ao longo de sua trajetória política.
Em 2002, foi acusado de ter recebido 300 lotes para facilitar a regularização do condomínio Alto da Boa Vista, em Brasília. Quando assumiu a vaga de Roriz era réu em um total de cinco ações ou inquéritos judiciais.
Gim carrega no currículo uma condenação. Em 2003, pagou multa de R$ 20 mil por propaganda eleitoral irregular.
Renan assiste à sabatina na Comissão do Meio Ambiente. Até Gilberto Miranda, ex-senador pelo Amazonas, está por lá dando uma força à aprovação do nome de Paulo Vieira.
Em setembro de 2007, Gilberto interrompeu sua lua de mel para socorrer Renan - na época ameaçado de ser cassado por quebra de decoro parlamentar.
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