Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Dissidente do PT reclama das exigências do PMDB


Terça, 15 de dezembro de 2009, 09h01  Atualizada às 09h46

Deputado do PT: "PMDB é insaciável, faz exigências absurdas"

Eliano Jorge


Mais do que os aliados que permitem a governança, são fundamentais os correligionários que se opõem aos abusos dos adesistas, acredita o deputado federal Domingos Dutra, do PT maranhense.
Ao bradar contra o que considera um apoio nocivo, Dutra sente-se contribuindo para preservar a administração nacional petista, mesmo que provoque rachas e mantenha conflitos regionais.
- No fundo, o presidente Lula sabe que a gente está ajudando. Porque, se a gente não estiver pressionando, denunciando, eles matam o governo, é muita pressão desse pessoal quando se junta: Sarney, Collor, Jader Barbalho, Renan Calheiros... - declarou a Terra Magazine.
Dutra recusou-se a participar da comitiva presidencial e lamentou que o presidente Lula compartilhasse o palanque com o grupo político do senador José Sarney, do PMDB, em São Luís, semana passada.
Na carta aberta ao presidente da República, o parlamentar qualificou Sarney como "objeto de escárnio da cidadania brasileira pelas revelações recentes de uma ínfima parte dos crimes praticados contra o erário público". Sobre o conjunto de aliados maranhenses de Lula, escreveu: "Há mais de 40 anos explora, maltrata e debocha do nosso povo", "implanta o terror no Estado".
Sua rivalidade local com os peemedebistas não lhe freia o ímpeto. "O PMDB historicamente nunca foi um partido. É uma confederação de grupos (...) que se digladiam. Eles não têm grandes conflitos sobre os objetivos finais, querem estar sempre mandando", atacou.
Para Dutra, foi calculada a recente declaração de Lula que desagradou ao PMDB sobre a chapa presidenciável. "Sarney está doido pra tirar o Edison Lobão da disputa do governo do Estado e colocá-lo numa pretensa lista de nomes pra vice. Acho que ele (o presidente) não fez uma declaração à toa", analisou o parlamentar maranhense.
Insatisfeito com o custo da aliança, Dutra queixa-se da contrapartida. "O PMDB tem hoje seis ministérios nas mãos, mais Correios, Funasa, ou seja, as exigências são cada vez mais absurdas".
E acrescentou: "No primeiro governo (Lula), era só um pedaço do PMDB. No segundo, agregou uma outra parte maior, mas por um preço alto. São R$ 400 bilhões que o PMDB administra no orçamento. O PT cedeu Câmara, cedeu a mesa da Câmara, mesa do Senado, o Sarney debochou do Lula, derrotando Tião Viana. Mas é um grupo insaciável".
Leia a entrevista.
Terra Magazine - Após sua manifestação, houve alguma represália, alguma pressão?
Domingos Dutra -
 Lá no Maranhão? De Lula? Não, não. Que eu saiba não. De apoio, tive lá, no Estado, de companheiros deputados federais aqui, que acompanham nossa luta. Agora, institucionalmente, nem do governo nem da direção do partido, não. No Maranhão, vários deputados federais, que acompanham nossa resistência e que são críticos a essas alianças, mas sobretudo às exigências absurdas que são feitas, nos deram apoio. Até porque acho que, no fundo, o presidente Lula sabe que a gente está ajudando. Porque, se a gente não estiver pressionando, denunciando, eles matam o governo, é muita pressão desse pessoal quando se junta: Sarney, Collor, Jader Barbalho, Renan Calheiros... Imagine.
Quais são essas exigências absurdas?
O que temos visto. Cargos: o PMDB tem hoje seis ministérios nas mãos, mais Correios, Funasa, ou seja, as exigências são cada vez mais absurdas. Tem os cargos nos Estados. Além do mais, a reação do PMDB à sugestão do presidente Lula de uma lista tríplice é uma coisa desproporcional.
O que o senhor pensa da divisão do PMDB entre aliança, candidatura própria e apoio a Serra?
O PMDB historicamente nunca foi um partido. É uma confederação de grupos. A declaração de reconhecimento da existência desses grupos é mais do que óbvia. E todo mundo sabe que são esses mesmos grupos que se digladiam no PMDB. Como eles não têm grandes conflitos sobre os objetivos finais, querem estar sempre mandando, o (presidente da Câmara, Michel) Temer, esse grupo que está próximo a Dilma, mandou um recado ao governo, que a aliança com Dilma não é algo certo. Podem dar a candidatura própria e podem ir pro Serra. Acho que o presidente Lula, como figura experiente, perspicaz, tem perfeita noção do que está ocorrendo. E a declaração dele lá, acho que, por um lado, foi uma pressão do Sarney, que está doido pra tirar o Edison Lobão da disputa do governo do Estado e colocá-lo numa pretensa lista de nomes pra vice. Acho que ele não fez uma declaração à toa.
Foi uma estratégia então?
Acho que sim, o presidente Lula não declara nada sem sentido. Ele sabe muito bem com quem está tratando. No primeiro governo, era só um pedaço do PMDB. No segundo, agregou uma outra parte maior, mas por um preço alto. São R$ 400 bilhões que o PMDB administra no orçamento. O PT cedeu Câmara, cedeu a mesa da Câmara, mesa do Senado, o Sarney debochou do Lula, derrotando Tião Viana. Mas é um grupo insaciável.
O que o senhor acha que acontecerá?
Só Deus sabe. Quem imaginava, um mês atrás, o Arruda, que foi anfitrão de uma reunião do Democratas, que estivesse morto politicamente? Como o prazo só vai fechar em junho, ninguém pode prever o que vai acontecer. Se serra é candidato, se Aécio, se a ministra Dilma deslancha, se o Ciro permanece ou não, está tudo indefinido.
Depois da sua polêmica com a comitiva presidencial, surgiram na mídia informações sobre a acusação do Ministério Público Eleitoral ao senhor, de omitir doação de R$ 1,5 mil, em 2006, ao candidato Ivo Gonçalves Sousa, e sobre o processo de gastos de campanha superiores ao que diz sua declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral.
Ainda nem vi, mas isso é coisa de Sarney, é reação dele. Esse processo de R$ 1,5 mil, o Tribunal Eleitoral já, por unanimidade, julgou improcedente, é a coisa mais absurda. Eu transferi da minha conta, de pessoa física, on line, para a conta do candidato, ele me deu bônus e prestou conta. Qual é a irregularidade? Tem coisa mais transparente do que essa? Como Sarney nunca desacostumou da ditadura, ele cassou Jackson (Lago, ex-governador maranhense, do PDT), cassou o prefeito de Barreirinhas (Miltinho Dias, do PT), cassou um juiz lá do Maranhão, cassou Janete Capiberibe (deputada federal do Amapá, pelo PSB), cassou João Capiberibe (ex-governador amapaense, do PSB), tenta me cassar. Esse primeiro (processo) já foi julgado. O último, para o ano, vai ser excluído. Não estou preocupado com isso não. O Tribunal Eleitoral do Maranhão não vai se render.

Terra Magazine

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