Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

sábado, 19 de dezembro de 2009

Dilma, a carga-torta do PT


PT quer que Dilma ponha ‘pé na estrada’ já em janeiro

Wilson Dias/ABr


O cardinalato do PT prevê para Dilma Rousseff um início de 2010 acelerado. Deseja-se que a presidenciável do partido leve o pé à estrada já em janeiro.

Projeta-se algo diferente do que vinha ocorrendo até aqui. A agenda de Dilma privilegiou, em 2009, as viagens oficiais, vinculadas à atividade de ministra.

O que se deseja agora é organizar um vaivém de candidata. A depender da vontade do petismo, Dilma fará as malas todos os finais de semana.

A idéia é aproximá-la dos diretórios regionais do PT e dos movimentos ligados à legenda nos universos social e sindical.

Algo que, na visão dos cardeais petistas, pode e deve começar antes mesmo da oficialização da candidatura de Dilma, em Congresso marcado para fevereiro.

No oficial, o petismo vende a sucessão presidencial como um passeio. No paralelo, admite que a disputa será encarniçada.

Há, nos subterrâneos do partido, um silencioso incômodo com o desempenho de Dilma nas pesquisas.

A candidata coleciona menos da metade das intenções de voto atribuídas ao rival tucano José Serra, agora correndo em raia única da oposição.

Imaginara-se que, carregada nos ombros de Lula, Dilma chegaria ao Natal com índices oscilando entre 20% e 25%. Os mais otimistas falavam em 30%.

A candidata coleciona, porém, entre 15% e 17%. Aguarda-se pela aferição da exposição proporcionada a Dilma na última propaganda televisiva do PT.

De antemão, dissemina-se pelo PT uma tese que se aproxima do consenso: chegou a hora de Dilma provar-se capaz de atrair votos próprios.

Parte-se do pressuposto de que a almejada transfusão de prestígio de Lula para a candidata oficial não pode resultar em acomodação.

Afora a preocupação com o desempenho pessoal de Dilma, o PT inquieta-se com outro personagem da sucessão: Ciro Gomes.

O PSB, partido de Ciro, comprometra-se com Lula a manter a candidatura presidencial do deputado no freezer até março de 2010.

Só então seria decidido se Ciro iria à disputa nacional, como deseja, ou se iria às urnas de São Paulo, como querem Lula e o PT.

Terceiro colocado nas pesquisas, em patamares próximos aos de Dilma, Ciro movimenta-se como presidenciável, não como candidato a governador paulista.

A legenda de Ciro o cozinhava em banho-maria. Mas a saída de cena do tucano Aécio Neves eletrificou o PSB.

Um pedaço do partido já advoga a tese de que Ciro deveria tornar-se um presidenciável formal antes de março.

O incômodo do petismo é crescente. Primeiro porque o multicandidato pespega no projeto de aliança PT-PMDB a pecha de união de “moral frouxa”.

Segundo porque o candidato do PSB aproveita-se da condição de ex-ministro de Lula para vender-se como uma alternativa tão governista quanto Dilma.

Terceiro porque há o receio de que Ciro, arquirival de José ‘O Coiso’ Serra, assuma, adiante de Dilma, a polarização com o candidato da oposição. Ciro dá de ombros.

Vigia a língua, considera-se opção mais densa do que Dilma, desdenha da tática plebiscitária de Lula e alega que, sem ele, Serra liquida a fatura no primeiro turno.

Por todas as razões, o PT arma-se para cobrar de Dilma uma presença mais ativa junto ao meio-fio.
Escrito por Josias de Souza às 04h26

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