De volta ao comando no PT, José Dirceu diz que não teme Aécio
Ex-ministro disse que se o processo fosse em 1ª instância estaria absolvido. Ele afirmou que não terá papel central na campanha de Dilma.
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu concede entrevista à imprensa na festa dos 30 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), no salão de festa Villa Rizza, em Brasília, na terça-feira. (Foto: Dida Sampaio/AE)
O ex-ministro e deputado cassado por conta do escândalo do mensalão do PT, José Dirceu, disse nesta terça-feira (8), pouco antes de entrar na comemoração dos 30 anos do partido, em Brasília, que não teme que o governador Aécio Neves (PSDB) seja escolhido para enfrentar a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas eleições presidenciais do ano que vem. Segundo ele, a eleição será polarizada, mas o PT vencerá porque os brasileiros não querem voltar a ter um “governo tucano”.
“É indiferente. Não sou daqueles que teme o Aécio. O Aécio pode ser candidato que nós vamos ganhar dele. Quem vai ganhar não é só a ministra Dilma, é um projeto de oito anos, eu não vejo o país querendo mudar de rumo, não vejo os brasileiros querendo ser governados pelos tucanos de novo, pelo Fernando Henrique de novo”, afirmou.
“É indiferente. Não sou daqueles que teme o Aécio. O Aécio pode ser candidato que nós vamos ganhar dele. Quem vai ganhar não é só a ministra Dilma, é um projeto de oito anos, eu não vejo o país querendo mudar de rumo, não vejo os brasileiros querendo ser governados pelos tucanos de novo, pelo Fernando Henrique de novo”, afirmou.
Dirceu voltou ao comando partidário depois das eleições internas do PT e faz parte do diretório nacional da legenda. Ele frisou que não pretende ter um papel central na campanha de Dilma.
Questionado sobre sua participação na campanha da ministra ele disse: “O papel que tenho no partido, de militante. Eu tenho um histórico e liderança, não vou dizer que não tenho. Eu ajudo o presidente do PT e a direção do PT nesse sentido. Mas, eu não ter papel nem na direção da campanha, nem na direção do PT, posso ser membro do diretório nacional. Eu já dei minha contribuição para o PT durante mais de 22 anos, fui presidente de sete anos”, argumentou.
Mensalão
Dirceu disse ainda que o eleitorado sabe diferenciar corrupção de caixa dois e que o PT reconheceu seus erros e soube enfrentá-los.
“Veja bem, pela experiência do PT em 2006 e 2008 o eleitorado sabe distinguir o que é um erro de um partido, o que é caixa dois e o que é corrupção. O eleitorado sabe que nenhum petista enriqueceu desviando dinheiro público, o eleitorado sabe que não houve mensalão. Senão o PT não teria crescido e nem o presidente teria sido reeeleito”, avaliou ao ser questionado se o eleitorado generalizaria os mensalões do DEM, do PSDB e do PT.
Dirceu foi acusado pelo Ministério Público Federal de chefiar uma quadrilha que deu origem ao mensalão no governo federal. Segundo ele, se o processo estivesse correndo na primeira instância ele já teria sido absolvido.
“Não temo a justiça quero ser julgado. Quero ser julgado. Se o processo [do mensalão] estivesse na primeira instância eu já teria sido absolvido, eu estou sendo julgado no Supremo eu não sei por que, porque eu não era nem ministro, nem deputado e não tinha razão para eu ter foro privilegiado e nem quero”, afirmou.
“Veja bem, pela experiência do PT em 2006 e 2008 o eleitorado sabe distinguir o que é um erro de um partido, o que é caixa dois e o que é corrupção. O eleitorado sabe que nenhum petista enriqueceu desviando dinheiro público, o eleitorado sabe que não houve mensalão. Senão o PT não teria crescido e nem o presidente teria sido reeeleito”, avaliou ao ser questionado se o eleitorado generalizaria os mensalões do DEM, do PSDB e do PT.
Dirceu foi acusado pelo Ministério Público Federal de chefiar uma quadrilha que deu origem ao mensalão no governo federal. Segundo ele, se o processo estivesse correndo na primeira instância ele já teria sido absolvido.
“Não temo a justiça quero ser julgado. Quero ser julgado. Se o processo [do mensalão] estivesse na primeira instância eu já teria sido absolvido, eu estou sendo julgado no Supremo eu não sei por que, porque eu não era nem ministro, nem deputado e não tinha razão para eu ter foro privilegiado e nem quero”, afirmou.
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