Para Aécio, mensalão não o força a ser vice de Serra
Terra 02 de dezembro de 2009 • 19h13 • atualizado às 19h15
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que as denúncias que recaíram sobre o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) não devem influenciar na formação de uma chapa entre Aécio o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) para as eleições presidenciais de 2010.
"Eu não vejo essa relação direta.(...) Não acho, falo isso com muita sinceridade, não acho que há essa relação direta sobre o meu papel nesse processo", disse Aécio.
Aécio e Serra são pré-candidatos do PSDB para as eleições do ano que vem. O partido ainda não tomou uma posição final, mas nas pesquisas de opinião, José Serra leva vantagem em relação ao colega mineiro. Arruda, por sua vez, era tido como o principal nome do DEM para ser o vice da chapa com os tucanos.
O governador do Distrito Federal está sendo investigado pela suspeita de participação no mensalão DEM, suposto esquema de desvio de recursos públicos que envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada. Arruda aparece em um dos vídeos divulgados pela Polícia Federal recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".
As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
"É preciso que o governador dê as suas explicações e cabe ao Democratas, exclusivamente ao Democratas, dar um desfecho adequado a esse processo. Qualquer intromissão nossa, de outro partido, é indevida neste momento", disse Aécio. O governador considera ainda que, com sua candidatura, o PSDB pode, além do DEM, criar alianças com outros partidos.
"Tenho disposição, se for a vontade do meu partido, de colocar o meu nome como candidato à Presidência da República. Acho que posso atrair aliados importantes, construir um discurso otimista, objetivo, com o reconhecimento do que nós fizemos, com exemplos importantes dos avanços que nós tivemos aqui em Minas Gerais", afirmou Aécio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.