Eduardo Campos defende o expurgo de Ciro Gomes

Eduardo Campos reage e diz que Marina quer buscar votos de Ciro

Yala Sena

Especial para o UOL Eleições
Em Teresina

O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, reagiu nesta segunda-feira (3) às declarações da pré-candidata do PV à Presidência, senadora Marina Silva (AC), que chamou de “perda para a democracia” a decisão do PSB de retirar a candidatura do deputado federal Ciro Gomes (CE). Para Campos, a declaração da senadora é uma tática para se aproximar do eleitorado de Ciro.

"É natural que a Marina faça este tipo de observação, até porque ela busca de certa forma se aproximar do eleitorado que era do Ciro [Gomes]", afirmou o governador, que se reuniu em Teresina (PI), junto do governador do Ceará, Cid Gomes, firmando parceria com o Piauí na área de segurança.

"Nós fizemos um debate democrático dentro do partido como Ciro nos pediu e, de fato, a maioria entendeu que a forma de crescer nessas eleições é ter candidatos nos Estados. Nós vamos ter dez candidatos ao Senado e duplicando bancada federal", afirmou, dizendo ainda que uma candidatura a presidente atrapalharia a montagem dos palanques regionais.

Reunião com o PT

Eduardo Campos afirmou em Teresina que nesta quarta-feira (5) se reunirá com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, para tratar sobre a pré-campanha de Dilma Rousseff à Presidência. Ele informou ainda que o partido vai se reunir no dia 21 com lideranças e militantes.

Saia Justa

O governador Cid Gomes disse que seu irmão não desistiu de ser candidato a presidente. "O partido foi quem decidiu ser mais oportuno não lançar candidato. O PSB levou em conta as alianças regionais", disse. Para Cid, a saída de Ciro não lhe causou nenhuma saia justa. Segundo ele, a candidatura de Ciro é que poderia causar “constrangimento” em alguns Estados.

“Sinceramente não vejo saia justa no Ceará. Não enxergo dessa forma. Pelo contrário, a candidatura de Ciro poderia causar constrangimento em alguns Estados em que o PSB está aliado com o PSDB como a Paraíba, Paraná e Amazonas”, disse.

O governador também admitiu que busca o apoio do senador e adversário Tarso Jereissati (PSDB) para viabilizar a sua reeleição no Ceará. “Mas, primeiro estamos buscando resolver as questões nacionais para depois tratar de questões estaduais”, afirmou.