PT deve formalizar candidatura de Dilma durante congresso nacional
Qua, 17 Fev, 02h13
Brasília, 17 fev (EFE).- O Partido dos Trabalhadores (PT) abre amanhã seu quarto congresso nacional, durante o qual deve formalizar a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência nas eleições de outubro.
O ato no qual a ministra-chefe da Casa Civil deve ser anunciada como candidata está previsto para o próximo sábado e coroará três dias de debates sobre o passado, o presente e o futuro do PT.
As reuniões formais começarão amanhã em Brasília, com um seminário internacional ao qual foram convidadas delegações de partidos da esquerda da Argentina, Chile, Equador, Peru, República Dominicana e Uruguai.
Os debates desse seminário se centrarão na atual conjuntura política, econômica e social latino-americana, e no papel dos partidos ou movimentos de esquerda que chegaram ao poder na região nos últimos anos.
Na sexta-feira, os delegados do PT mergulharão na análise de uma minuta do programa de Governo que oferecerão ao eleitorado no pleito de outubro, o primeiro no qual o partido não terá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à Presidência.
Com Dilma, economista de 62 anos que jamais concorreu a um cargo eletivo, o PT teria uma candidata de perfil técnico e que carece do carisma de Lula. Com fama de ser uma dura gerenciadora, a ministra-chefe da Casa Civil ainda é considerada uma 'recém chegada' ao PT, partido ao qual se filiou em 1990.
Todos esses fatores, somados a um câncer linfático que lhe foi detectado o ano passado, deixaram dúvidas em muitos dirigentes do PT em torno da conveniência de apresentá-la como candidata.
No entanto, superada a doença, o partido se uniu em torno do nome de Dilma como sua candidata à Presidência, que aparece como a pessoa que dará continuidade aos dois mandatos presidenciais de Lula.
Nesse sentido, programa que o PT prepara para o período 2011-2014 se baseia basicamente nos princípios econômicos e sociais que marcaram o Governo Lula.
Segundo informações que vazaram para a imprensa, o programa garantirá a continuidade das políticas econômicas, principalmente em relação à taxa de câmbio flutuante, o controle da inflação e a estrita disciplina fiscal. Além disso, propõe expandir os programas sociais que Lula executou desde 2003.
Esse programa será posteriormente discutido com os partidos da atual coalizão de Governo, que Lula pretende manter unida em torno de Dilma. EFE
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