PT-MG anuncia nesta 2ª o seu candidato ao governo
Parciais indicam disputa apertada entre Pimentel e Patrus
Fotos: DivulgaçãoContra os planos da direção do PT federal e de Lula, o petismo mineiro realizou eleições prévias neste domingo (2).
Em jogo, a escolha do petista que será apresentado como candidato da legenda ao governo de Minas.
Medem forças Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte; e Patrus Ananias, ex-ministro do Bolsa Família.
Foram às urnas os filiados do PT em 605 municípios mineiros. A contagem dos votos, iniciada às 17h, aponta para um resultado apertertado.
Até as 22h15, divulgaram-se dois boletins. No primeiro, Patrus (51,6%) estava à frente de Pimentel (48,4%).
No segundo, Pimentel (52,4%, 6.889 votos) já havia ultrapassado Patrus (47,6%, 6.269 votos). A essa altura, só 38,6% das urnas estavam apuradas.
Estima-se que o nome do vencedor será conhecido até o final da tarde. A depender da vontade de Lula, será um candidato precário.
A definição da candidatura do PT passa por uma negociação com o PMDB de Hélio Costa, o outro candidato governista ao governo de Minas.
No limite, o petista que prevalecer nas prévias –Pimentel ou Patrus— pode virar candidato ao Senado numa chapa encabeçada por Hélio Costa.
O PT nacional aprovou, em Congresso realizado no mês de fevereiro, uma política de alianças que privilegia a parceria com o PMDB.
O partido de Michel Temer, futuro vice da presidenciável Dilma Rousseff, invoca a liderança de Hélio Costa nas pesquisas para reivindicar o apoio do PT.
Pimentel e Patrus não recusam a negociação com o PMDB. Ao contrário, consideram-na essencial. Porém...
Porém, ambos advogam a tese de que a submissão do partido ao PMDB não é o único caminho para tonificar a votação de Dilma Rousseff em Minas.
Pimentel compara Hélio Costa a José Serra. Alega que, no plano nacional, o presidenciável tucano também está à frente de Dilma nas pesquisas.
Nem por isso, diz Pimentel, Serra pode ser considerado favorito. O mesmo raciocínio, diz ele, valeria para Minas. Patrus utiliza outro tipo analogia.
Compara Minas à Bahia, um Estado em que o pemedebê Geddel Vieira Lima, terceiro colocado nas pesquisas, vai às urnas contra o líder petê Jaques Wagner.
Patrus pergunta: se na Bahia Dilma terá dois palanques, por que não pode ocorrer o mesmo em Minas?
Em privado, Hélio Costa esboça a resposta. Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, é um Estado estratégico.
Acrescenta que, em Minas, o tucanato dispõe de um grande puxador de votos, o ex-governador Aécio Neves, dono de grande popularidade.
Acha que, dividindo-se, o bloco governista se arrisca a minar o cesto de votos de Dilma. O que seria ótimo para Serra.
De quebra, diz Hélio Costa entre quatro paredes, a divisão de petês e pemedebês facilitaria a vida do tucano Antonio Anastasia, candidato de Aécio ao governo.
Como se vê, a negociação promete.
Escrito por Josias de Souza
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