Serra decreta luto oficial pela morte de José Mindlin |
Bibliófilo morreu na manhã deste domingo, 28, aos 95 anos, por falência múltipla de órgãos O governador José Serra lamentou, na tarde deste domingo, a morte do empresário, bibliófilo e membro da Academia Brasileira de Letras, José Mindlin e declarou luto oficial no Estado de São Paulo. "Por sua contribuição ao progresso cultural e material de São Paulo, José Mindlin merece nossa homenagem. Era um homem querido por todos, em função do seu caráter, presença de espírito, disponibilidade para adotar as boas causas sociais e culturais e, também, de sua coragem serena. Quando Secretário Estadual da Cultura, nos anos setenta, ele convidou o jornalista Vladimir Herzog para a diretoria de jornalismo da TV Cultura, cujo trabalho sempre avalizou. Sabe-se que os torturadores dos jornalistas presos procuravam, também, incriminar a Mindlin. E ele soube se comportar com altivez e dignidade diante das ações da ditadura que levaram à morte de Herzog. Decretamos três dias de luto oficial em homenagem a José Mindlin e sua memória.", declarou o governador. José Ephim Mindlin, advogado, empresário, fundou a Metal Leve que foi uma das maiores indústrias de autopeças da América Latina. Ao se aposentar tornou-se presidente da Sociedade de Cultura Artística. Apaixonado por livros, e dono de um acervo de mais de 38 mil volumes, uma das maiores bibliotecas particulares do país, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 2006. Neste mesmo ano, doou toda a sua Biblioteca à Universidade de São Paulo (USP). |
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Homenagem a José Mindlin
As mentiras de Dilma
Dilma disse que era mestre pela Unicamp no site da Casa Civil e na Plataforma Lattes: MENTIRA!
A VERDADE:
Dilma Rouseff não obteve o título de mestre, confirmou a Unicamp.
Dilma disse que era doutoranda pela Unicamp no site da Casa Civil e no Sistema Lattes : MENTIRA!
A VERDADE:
Dilma não é doutoranda, pois teve sua matrícula cancelada em 2000, por falta de inscrição, e acabou jubilada pela Unicamp.
Dilma disse na Plataforma Lattes que obteve o mestrado da Unicamp com uma dissertação sobre “Modelo Energético do Estado do Rio Grande do Sul”: MENTIRA!
A VERDADE:
Dilma não apresentou dissertação nem obteve mestrado na Unicamp.
Dilma disse que não concluiu o mestrado porque assumiu a Secretaria da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre: MENTIRA!
A VERDADE:
Dilma só assumiu o cargo de secretária da Fazenda em 1986, três anos depois de ter deixado o curso de mestrado, segundo informou oficialmente a Casa Civil.
Dilma disse que não sabia das informações mentirosas em seu currículo: MENTIRA!
A VERDADE:
Pelo menos em duas ocasiões, quando foi entrevistada pelo programa Roda-Viva, da TV Cultura, Dilma ouviu impassiva as mesmas mentiras sobre seu currículo acadêmico publicadas pelo site da Casa Civil e pela Plataforma Lattes.
Dilma disse que foi presa por crime de opinião: MENTIRA!
A VERDADE:
Como lembra o jornalista Elio Gaspari, “presos e condenados por crime de opinião foram o historiador Caio Prado Júnior e o deputado Chico Pinto, Dilma Rousseff militou em duas organizações que, programaticamente, defendiam a luta armada para instalar um Governo Popular Revolucionário (Colina, abril de 1968) ou um Governo Revolucionário dos Trabalhadores, expressão da Ditadura do Proletariado (VAR-Palmares, setembro de 1969).”
Dilma disse que não participou da luta armada, que não foi terrorista: MENTIRA!
A VERDADE:
O também ex-guerrilheiro Darcy Rodrigues testemunha que uma das funções de Dilma era indicar o tipo de armamento que deveria ser usado nas ações e informar onde poderia ser roubado. “Só em 1969 ela organizou três ações de roubo de armas em unidades do Exército, no Rio”.A própria Dilma que contou, em entrevista: “Eu e a Celeste [Maria Celeste Martins, hoje sua assessora] entramos com um balde; eu me lembro bem do balde porque tinha munição. As armas, nós enrolamos em um cobertor. Levamos tudo para a pensão e colocamos embaixo da cama. Era tanta coisa que a cama ficava alta. Era uma dificuldade para nós duas dormirmos ali. Muito desconfortável. Os fuzis automáticos leves, que tinham sobrado para nós, estavam todos lá. Tinha metralhadora, tinha bomba plástica. Contando isso hoje, parece que nem foi comigo”.
Dilma disse que não tinha feito um dossiê sobre gastos pessoais da dra. Ruth Cardoso e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: MENTIRA!
A VERDADE:
Dilma informou, em um jantar com trinta empresários, que o governo estava colecionando contas de FHC consideradas incriminatórias. O jantar ocorreu um mês antes da ministra tentar justificar como “banco de dados” o dossiê produzido pela Casa Civil.
Sobre o que mais mente Dilma Rousseff?
Até que a gente os separe…
O cara mostra a cara
A fantasia em frangalhos
¡Lula, cómplice! ¡Vergüenza para Lula! ¡Viva Orlando Zapata Tamayo! ¡Derechos humanos para los cubanos! corearon los manifestantes miembros de la Asamblea de la Resistencia, coalición que agrupa a más de 50 organizaciones dentro y fuera de Cuba en apoyo a la Campaña de no Cooperación con la Dictadura.
Sylvia Iriondo habló a nombre de los manifestantes, interpelando directamente a los funcionarios del Consulado.
Estamos aquí en una protesta pacífica de condena al Presidente de Brasil, Lula da Silva, por abrazarse con los dictadores que asesinan a nuestro pueblo. Este hombre, afirmó Iriondo mientras les mostraba un afiche con la imagen de Zapata Tamayo a los diplomáticos, fue asesinado en las prisiones castristas.
Los manifestantes luego continuaron su protesta, marchando con una amplia bandera cubana frente al edificio donde se encuentra el consulado.
Aécio é peça-chave
Todos de olho em Aécio Neves
28/02 - 11:50 - Tales Faria, iG Brasília
Ironia do destino. O governador de São Paulo, José Serra, ganhou do de Minas Gerais, Aécio Neves, a vaga de candidato do PSDB a presidente da República. Agora precisa desesperadamente de Aécio para vencer as eleições. O próprio Serra é o primeiro a admitir, em declaração ao iG:
“Aécio Neves tem um papel fundamental, nas eleições, por três razões igualmente importantes: é uma das grandes lideranças políticas do país - e não apenas do PSDB; faz um governo muito competente e, com justiça, tem o reconhecimento da população; Minas Gerais é um estado-chave não só por ter o segundo maior colégio eleitoral do País, mas porque é um ponto de equilíbrio e de irradiação de ideias e influências na federação. E Aécio fortaleceu esse protagonismo.”AE Governador vira motivo de disputa
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), vai mais longe: “A vitória em Minas Gerais é indispensável. Não tem campanha presidencial sem o governador Aécio Neves”.
Há mais motivos para tantos afagos no tucanato. É que também os estrategistas da candidata do PT à Presidência – a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff – estão com seus radares apontados para os movimentos do governador mineiro.
Pesquisas eleitorais do PT e do PSDB apontaram que, do jeito que eleitorado está distribuído nos estados nesta campanha, Minas Gerais poderá ser mais decisivo do que nunca na eleição do presidente da República.
Os números, pela lei, não podem ser divulgados. São guardados a sete chaves. Mas a avaliação de ambos os lados é semelhante:
Dilma vai muito bem no Nordeste e melhor que Serra no Norte. No Sul do País e no Centro Oeste, o eleitorado está dividido. Portanto, a eleição deve se definir no Sudeste.
Em São Paulo, Serra compensa um pouco a vantagem de Dilma em outras regiões. No Rio, a situação é imprevisível com o lançamento da candidatura de Fernando Gabeira. O que significa que vence a eleição, muito provavelmente, quem tirar uma boa vantagem em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país.
Empenho
Ou, como declarou ao iG o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: “Minas sempre foi de fundamental importância política e eleitoral. Se fui eleito duas vezes no primeiro turno é porque contei com forte apoio em São Paulo e em Minas Gerais, sem descuidar do País como um todo. Nas eleições que se aproximam essa observação vale ainda mais, dada a força política e eleitoral do Aécio.”
Para FHC, “de uma ou de outra maneira, a decisão das eleições dependerá de Minas e do apoio que o PSDB mineiro vier a dar à candidatura nacional. Não há um só caminho para isso: a decisão será do Aécio, sobre a que se candidatará. Mas o essencial – e disso eu não duvido – é o empenho dele na vitória em Minas e no Brasil.”
Por mais que Aécio insista que apoia o colega tucano José Serra, a verdade é que há dúvidas, sim, sobre o quanto se empenhará. Atribui-se à falta de empenho de Aécio a derrota de Serra para Lula em 2002.
Enquanto os tucanos ainda sonham com Aécio aceitando a vaga de vice na chapa de Serra, Lula e Dilma mantêm abertos todos os canais de contato com o governador mineiro, na tentativa de evitar que ele faça uma campanha enfática a favor de José Serra no Estado.
Presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra explica: “O Aécio é um grande líder e Minas, o segundo colégio eleitoral do País. É claro que isso tem peso. Mas terá maior ou menor peso na eleição nacional, dependendo do interesse do candidato em se empenhar nessa linha”.
Dutra raciocina que Aécio poderá estar mais preocupado em cuidar da sua própria eleição e do seu candidato a governador, Antônio Anastasia, mal colocado nas pesquisas, e que precisará tentar ganhar uma parte do eleitorado do PT.”
“Não vejo motivos para o Aécio bater de frente com a candidatura de Dilma Rousseff. Ele será candidato ao Senado, provavelmente. E nunca vi uma candidatura nacional confrontar-se com uma candidatura a senador. Também não será do nosso interesse. Mesmo que o Aécio saia para vice de Serra, normalmente não há motivos para um confronto com o vice”, argumenta Dutra.
Pelo sim, pelo não, o PT procura se entender com o PMDB de Minas, cujo candidato a governador, o ministro Hélio Costa, tem 48% de preferência nas pesquisas locais.
“Minas é tão importante que o ideal é montarmos aqui um palanque único para a ministra Dilma Rousseff, com PT e PMDB juntos. Por outro lado, o PSDB e o DEM têm que olhar as inaugurações aqui – com o governador e seu vice sempre presentes – e pararem de criticar o fato de o governo federal estar mostrando suas obras”, cutuca o ministro.
Inaugurações
Aliás, no próximo dia 4 será comemorado o centenário de nascimento de Tancredo Neves, avô de Aécio. E o PSDB está aproveitando para programar uma intensa mobilização em torno do governador mineiro, aproximando-o de José Serra.
Em Minas, o próprio Aécio, inaugurará, no dia 4, a nova Cidade Administrativa do Estado, batizada de Tancredo Neves. O tucanato em peso estará presente.
Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, artífice da candidatura Dilma, resolveu não deixar Aécio sozinho com o PSDB: também confirmou presença no evento.
No dia anterior, o Congresso reverenciará Tancredo Neves e a Nova República em sessão solene. O tucanato vai em peso. Mas, de olho em Aécio, também estarão lá representantes de todos os partidos. Dos presidentes da Câmara e do Senado. Michel Temer (SP) e José Sarney (AP) – do PMDB –, ao candidato do PSB a presidente da República ou a governador de São Paulo, Ciro Gomes.
“O Aécio terá presença marcante nestas eleições em qualquer hipótese”, admite o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, mesmo deixando claro que seu partido tende a se aliar com o PT em Minas. “Afinal, o Estado é fundamental para a aliança com o PT no nível federal: os mineiros têm 60 votos na nossa Convenção Nacional”, explica Temer.
“Eu pessoalmente, ainda acho que o meu amigo Aécio poderá ser candidato a presidente da República”, afirma Ciro Gomes, que aposta na queda de José Serra nas pesquisas e, daí, na sua desistência de concorrer a presidente, abrindo o espaço para a candidatura presidencial de Minas. “Mas aí pode ser tarde”, lamenta
Será que se sustenta só?
Os eixos da identidade de Dilma
A candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República, pela maior competitividade de que se reveste em comparação com outras candidatas - Heloisa Helena (PSOL) em 2006 e Marina Silva (PV) no pleito deste ano -, abre um intenso foro de discussão, a começar pela interrogação que aferventa conversas entre gregos e troianos, governistas e oposicionistas, eleitores racionais e emotivos: será ela mero apêndice do lulismo, podendo ser engolfada pelo petismo, ou terá condições de firmar uma identidade e imprimir marca própria ao governo, caso seja eleita a primeira mandatária do Brasil em toda a sua História? A tentativa de resposta razoável abriga, de pronto, uma avaliação sobre a ministra-chefe da Casa Civil, há quase cinco anos, exercício que leva em conta os quatro eixos de sua identidade: político, técnico, feminino e histórico. Cada um deles permite inferir sobre seu posicionamento no cenário nacional e projetar os rumos do futuro, sabendo-se desde já que postulantes que entram na disputa ao posto máximo da Nação não pela via normal, mas por intervenção cirúrgica, terão grande dificuldade de se acomodar no tabuleiro das conveniências partidárias.
Esse é o primeiro desafio da ministra Dilma. Possui ela tênue identidade política, sendo de pouca valia o fato de ter percorrido, durante algum tempo, o espaço do PDT e se filiado, posteriormente, ao PT. Ser testado nas urnas, entender como eleitores escolhem um candidato, ir ao encontro do povo nas ruas, debater acirradamente com adversários, perder eleições - como aconteceu com Lula algumas vezes - são exercícios que contribuem para lapidar os políticos, aprimorar a cultura e os costumes e, seguramente, conferir desenvoltura aos competidores. É verdade que ser inexperiente em matéria eleitoral não é, hoje, algo tão desastrado como no passado. Até porque escândalos em profusão solapam a imagem da representação política, abrindo espaço para que pessoas sem história se apresentem ao eleitor exibindo feições assépticas. Ocorre que mesmo tais perfis não conseguem escapar da borrada moldura que abriga partidos, correligionários e companheiros. Ninguém consegue escapar das ondas caudalosas que devastam as praias partidárias.
A frágil expressão de Dilma no terreno da experiência política poderá ser compensada por uma boa história nas páginas da gestão governamental. O eixo forte de sua identidade é esse. Trata-se de uma economista reverenciada, com atuação reconhecida na área de minas e energia. Ministra-chefe da Casa Civil, incorporou o papel de executora-mor do governo, sendo até apresentada como mãe do PAC. Esse aspecto, porém, abriga intensa discussão. A saída de um líder carismático para a entrada de um perfil técnico não acarreta uma reversão de expectativas? Por trás da inferência reside a desconfiança de que, em espaço não muito longo, o imenso apoio popular que Lula desfruta poderá ser escasso num eventual ciclo dilmista, mesmo com a figura do mito ao fundo da paisagem. Na ocorrência de distanciamento das massas, seria previsível maior independência da base governista no Congresso e, consequentemente, inversão das cartas do jogo. O presidencialismo de cunho imperial da era Lula entraria em arrefecimento. A identidade técnica de Dilma, por isso mesmo, para manter fluidos os canais com o Congresso e garantir estabilidade à governabilidade, deverá ganhar contrapeso no campo político. Daí a importância de perfis de figurino adequado para liderar uma frente de coordenação política.
Se, por um lado, a identidade técnica canibaliza a identidade política da ministra, por outro, ajuda-a a compor a imagem de autoridade. O estilo gerencial de Dilma Rousseff transmite certa arrogância, jeito de mandona e irritadiça. Ora, tal caracterização permite inferir que ela não aceitaria ser patrulhada por um PT mais radical. E, dessa forma, o estilo durão poderá descambar para a determinação de defender o ideário do lulismo, ao qual expressa sempre muita lealdade. Ademais, é improvável que o País adote políticas que possam reabrir feridas, provocar traumas e alguma contrariedade social. O pragmatismo do governo Lula daria o tom maior, apesar de se saber que acenos radicais sempre enfeitarão o cenário. Servem para lembrar a ligação do governo com movimentos e ideários ortodoxos. O MST não continua fazendo intervenções na paisagem no campo?
E a condição feminina? Como a população enxerga uma mulher no comando da Nação? O gênero feminino consolida-se na esfera institucional, apesar de uma participação modesta das mulheres na política. Desde que a potiguar Alzira Soriano se elegeu como primeira prefeita do País, em 1928, o Brasil passou a valorizar os potenciais femininos. A mulher na política é hoje bem-vista. As representações femininas crescem a cada legislatura. O fato é que a mulher absorveu qualidades enxergadas na condição masculina: a autoridade, a energia, a afirmação do "eu". Isabelita Perón, quando assumiu a Presidência da Argentina, um país machista, em 1974, teve uma postura desafiante: "Será que os homens realmente acreditam que somente eles podem usar calças?" Em 1976, Margaret Trudeau, acompanhando o marido, o primeiro-ministro do Canadá, em viagem oficial à América Latina, produziu também uma frase que viria a ser bom lema para as mulheres: "Quero ser algo mais que uma rosa na lapela do meu marido." Dilma Rousseff, para firmar a identidade, não deverá querer ser apenas um apêndice do lulismo. Se optar pela condição de rosa na lapela, será figurante ligeira na Praça dos Três Poderes.
Resta, por último, a história da guerrilheira. Fosse a mineira/gaúcha mais suave e menos propensa a puxões de orelha, esse registro não passaria de mera curiosidade. Perderá votos por causa disso? Poucos. A foto antiga não atrapalhará rumos.
Ao fim e ao cabo, a pergunta: tem ela condições de alçar voo? Sim. Por significar a extensão de um tempo. Que, aliás, poderá voltar-se contra ela se o povo der o veredicto final: "O ciclo esgotou-se."
Lula, o 'estadista paspalho'
Domingo, Fevereiro 28, 2010
Palpite infeliz
MERVAL PEREIRA
O presidente Lula deve estar convencido de que sua popularidade lhe permite fazer o que quiser, dizer o que lhe vem à cabeça, sem necessidade de ter a mínima coerência. Só assim se explica a série de despautérios que andou distribuindo em seu mais recente périplo internacional nos últimos dias.
Apanhado em flagrante pela comunidade internacional em contradição fundamental ao não criticar a ditadura de Cuba pela repressão política que, para seu azar, culminou desta vez com a morte de um dissidente que fez greve de fome exatamente no dia em que chegou à ilha de seu amigo Fidel Castro, Lula disse ter aprendido "a não dar palpite no governo dos outros".
Uma desculpa frouxa e sem base na realidade. Se o ditador de plantão, Raul Castro, foi grotesco ao culpar os Estados Unidos pela morte, Lula foi quase cruel ao criticar a greve de fome como instrumento político. E exigir uma carta protocolada na embaixada para receber os dissidentes cubanos.
Uma formalidade que um presidente realmente democrata não exigiria de uma oposição sabidamente perseguida numa ditadura.
Mas analisemos a desculpa de Lula para não fazer comentários sobre a ditadura cubana. Para começar, é através dele mesmo que sabemos que ele se mete no governo dos outros, até mesmo dos Estados Unidos.
Lembram daquele dia em que ele disse que acordou invocado e ligou para o Bush? Em outro momento, no auge da crise financeira, Lula contou que ligou duas vezes para o presidente Bush.
"Eu liguei para ele para falar: 'Bush, o problema é o seguinte, meu filho: nós ficamos 26 anos sem crescer, agora que a gente está crescendo você vem atrapalhar? Resolve a sua crise'. E depois, o Brasil tem knowhow para salvar banco, é só criar um Proer", disse durante discurso no Fórum Empresarial Brasil-México, em Recife.
Pode ser apenas uma bravata, mas está registrado.
Quando é para defender Cuba, Lula também não se incomoda de se meter no governo dos outros.
Já contou que disse ao presidente Barack Obama que ele deveria ter a mesma audácia dos eleitores que o colocaram na Casa Branca, e acabar com o bloqueio econômico a Cuba.
No caso de Honduras, chegou a ser escandalosa a intromissão do governo brasileiro nos assuntos internos daquele país, a ponto de ter tentado, com a cumplicidade de Hugo Chávez, criar um fato consumado com o retorno de Manuel Zelaya ao país, abrigando-o na embaixada brasileira.
E pedia sanções internacionais a Honduras, as mesmas que quer levantar em Cuba, enquanto Zelaya não voltasse ao governo. Queria porque queria que a ONU e a OEA interviessem em Honduras, ao mesmo tempo em que defende o retorno de Cuba à OEA sem nenhum compromisso com a democracia.
Da mesma forma, o Brasil foi dos países mais ativos, ao lado da Venezuela de Chávez, na condenação das bases militares dos Estados Unidos na Colômbia, mas nunca fez um comentário sobre os acordos militares que o mesmo Chávez andou assinando com a Rússia e o Irã.
Recentemente, intrometeuse na disputa da Argentina com a Inglaterra sobre as Malvinas (ou Falklands), cobrando da ONU uma posição.
O presidente Lula também andou mandando recados para o governo dos Estados Unidos, que aumenta as pressões para que o país não proteja o programa nuclear iraniano, que está sendo tocado sem a fiscalização dos organismos internacionais, especialmente a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Disse que não deve exp licações a ninguém, "apenas ao povo brasileiro ", numa referência à próxima presença da secretária de Estado Hillary Clinton no Brasil. Retórica vazia e populista, pois o país que eventualmente dirige não é um pária na sociedade internacional, e tem que se submeter aos organismos internacionais.
Se o governo do Irã insiste em realizar um programa nuclear fora do sistema de fiscalização que existe sob os auspícios da ONU, o Brasil não deveria dar-lhe apoio.
Ao contrário, o apoio do governo brasileiro à ditadura teocrática de Mahmoud Ahmadinejad se dá em vários níveis.
Quando ele foi eleito sob suspeita de fraudes, provocando protestos internos e uma onda internacional de repúdio, Lula foi dos primeiros a vir em seu socorro, minimizando os protestos como sendo comparáveis à disputa de torcidas de futebol, com o perdedor reclamando.
As muitas mortes que se seguiram aos protestos não foram suficientes para o governo brasileiro recuar.
O chanceler Celso Amorim não teve nem o cuidado de mudar o dia da reunião com o chanceler do Irã no recente Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Recebeu-o no mesmo dia em que três dissidentes "da torcida rival" eram fuzilados em Teerã ainda devido aos protestos contra a eleição de Ahmadinejad.
Depois, disse que o Brasil não se nega a ter relações com países apenas porque eles têm pena de morte.
Como se os fuzilamentos da oposição iraniana pudessem ser comparados com os criminosos quesão condenados à morte em alguns estados nos Estados Unidos.
Os interesses econômicos e políticos têm precedência sobre os direitos humanos no pragmatismo de nossa política externa.
Presos por opinião política no Irã ou em Cuba não contam com a solidariedade do governo brasileiro, que se arroga o título de grande defensor dos direitos humanos, mas não liga muito quando "países amigos" os transgridem .
Nova análise: ainda falta para Dilma empatar!
Dilma chega junto mas ainda não empata com Serra. Ainda?
- 27 de fevereiro de 2010|
- 20h27|
- Por Jose Roberto de Toledo
Nova pesquisa Datafolha mostra José Serra (PSDB) com 32% e Dilma Rousseff (PT) com 28%. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Estão empatados tecnicamente, certo?
Não.
Como não? Se a margem é de dois pontos, Dilma pode ter no máximo 30% (28% + 2% = 30%), que é igual ao mínimo de Serra (32% – 2% = 30%), certo?
Errado.
Dois pontos é a margem de erro máxima, que se aplicaria a um candidato que tivesse 50% das intenções de voto. Qualquer coisa maior ou menor do que isso terá uma margem de erro menor do que 2 pontos. Não fosse assim, um candidato com 1% das intenções de voto teria entre -1% e +3%, ou seja, ficaria devendo votos.
O problema é que os institutos de pesquisa e os meios de comunicação nunca contaram com clareza que cada candidato tem uma margem de erro própria, proporcional ao seu percentual. Não era má vontade, era simplesmente mais fácil de explicar estendendo a margem de erro máxima para todas as situações. Era uma espécie de seguro exagerado.
As margens reais de Serra e Dilma são de, respectivamente, 1,79 e 1,73 ponto percentual. Logo, Serra teria no mínimo 30,21%, e Dilma chegaria no máximo a 29,73%. Ou seja, estão a meio ponto percentual de um empate técnico.
O cenário sem Ciro Gomes (PSB) mostra que o tucano ainda leva alguma vantagem sobre a petista: ele fica com 38% das intenções de voto, contra 31% de Dilma. Já o cenário de segundo turno mostra um grande equilíbrio, com Serra indo a 45% e Dilma chegando a 41%.
A versão de um empate técnico entre ambos tem a seu favor o fato de a única margem registrada junto à Justiça eleitoral ser de 2 pontos percentuais, e de que a tradição na divulgação ser a de aplicar a margem de erro máxima a todos os candidatos, indiscriminadamente.
Tecnicalidades à parte, a pesquisa Datafolha mostra que Dilma encostou em Serra e vem subindo, enquanto o adversário caiu. A candidata do governo foi de 23% em dezembro (Datafolha), para 25% antes do Carnaval (Ibope) e chegou agora a 28% (Datafolha). Ao mesmo tempo, Serra saiu de 37% para 36% e foi agora a 32%.
O viés de alta de Dilma se explica pela grande exposição que ela teve na mídia nos últimos tempos, sempre ao lado de Lula. Isso foi intensificado no final de semana passado, com o lançamento oficial de sua candidatura durante o congresso do PT. Daí a diferença entre as pesquisas Ibope pré-Carnaval e a mais recente, do Datafolha.
Apenas uma nova rodada de pesquisas poderá confirmar se a tendência de alta de Dilma vai continuar no mesmo ritmo, e se Serra continuará perdendo força. Ou se eles vão encontrar um teto para o crescimento e um piso para a queda, respectivamente.
Por ora, o que o Datafolha mostra é um cenário mais equilibrado e próximo daquilo que deve ser a disputa real desta eleição: entre 1/4 e 1/3 de eleitores governistas, algo equivalente de eleitores anti-Lula e anti-PT , e o restante decidindo o pleito, dependendo de para onde eles penderem.
Rejeição
Como sempre, há diferenças muito grandes entre as taxas de rejeição dos candidatos a presidente no Datafolha em comparação ao Ibope. Isso se explica pelo método de pesquisa, pela forma como a questão é feita pelos institutos. O Datafolha aponta um equilíbrio muito maior: 25% de rejeição para Serra, 23% para Dilma, 21% para Ciro e 19% para Marina Silva (PV).
PTB com Serra
PTB pode fechar aliança com tucanos
AE - Agencia Estado
BRASÍLIA - O PTB deve fechar aliança nacional com o PSDB para apoiar a candidatura do governador de São Paulo, José Serra. O presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, já conversou com o candidato tucano sobre a parceria no primeiro turno, ampliando a coligação dos partidos de oposição, hoje composta apenas pelo DEM e pelo PPS, além do PSDB. O acordo não está sacramentado, mas Jefferson antecipou ao Grupo Estado que esse é seu desejo e a tendência natural da base petebista.
"Meu coração tende pelo PSDB e o sentimento da base partidária é ficar com os tucanos, seja Serra ou Aécio o candidato", revelou o presidente do PTB. Com a adesão, o PT da pré-candidata Dilma Rousseff perderá 42 segundos no programa eleitoral gratuito no rádio e na TV.
Os petistas contabilizam como garantidos 8 minutos e 21 segundos em cada um dos dois blocos diários de 25 minutos, somando o tempo de PT, PMDB, PC do B e PDT. Juntos, PSDB, DEM e PPS somam 6 minutos e 48 segundos. Para não perder terreno no palanque eletrônico, os aliados de Serra querem fechar aliança também com o PSC, além do PTB, ambos cobiçados pelos petistas. Se a oposição for bem-sucedida, totalizará um minuto a mais em cada bloco de propaganda que irá ao ar às 7h30 e às 12h30, em cadeia de rádio, e às 13h30 e às 20h30, na TV. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Reflexo da grande exposição de Dilma
Para tucano, crescimento de Dilma no Datafolha reflete lançamento de pré-candidatura
colaboração para a Folha Online
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), líder do partido no Senado, avalia que o crescimento de 5 pontos percentuais da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na pesquisa Datafolha é consequência do lançamento de sua pré-candidatura à Presidência pelo PT.
"O resultado reflete o impacto provocado pela enorme publicidade em toda a mídia nacional por ocasião do lançamento oficial da candidatura da ministra durante o 4º Congresso Nacional do PT, no último final de semana", afirmou o senador em seu blog.
No dia 20 de fevereiro, a ministra foi lançada pré-candidata durante congresso de seu partido. A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Foram ouvidas 2.623 pessoas maiores de 16 anos.
A pesquisa Datafolha, publicada na edição de domingo da Folha (disponível para assinantes do jornal e do UOL), mostra ainda que Dilma atingiu 28% das intenções de voto e reduziu de 14 para 4 pontos percentuais a distância que a separa do principal rival, José Serra (PSDB), que tem 32%.
A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos --ou seja, só haveria empate técnico, em 30%, na hipótese de o tucano estar no limite mínimo, e a petista, no máximo.
O crescimento da ministra da Casa Civil foi verificado em todos os cenários do levantamento. A pesquisa mostra estagnação nos índices de Ciro Gomes (PSB) e de Marina Silva (PV).
Esses novos resultados devem aumentar as especulações sobre a perspectiva de desistência de José Serra, relata a coluna Painel.
Dilma favorita? Muita água vai rolar...
Por que Dilma é a favorita
Basta a observação de um fato trazido pelo Datafolha para ver que Dilma Rousseff tornou-se a favorita na sucessão presidencial --uma situação que obviamente pode mudar de acordo com a campanha.
O fato óbvio é o seguinte: ainda tem uma expressiva parcela dos eleitores, especialmente os mais pobres, que garantem que vão votar no candidato de Lula. Mas não sabem que Dilma é sua candidata. É algo que, mais cedo ou mais tarde, vai acabar, até antes do início do horário eleitoral.
Se isso ocorresse agora, a candidata do PT já estaria em primeiro lugar, com certa folga --Dilma, até aqui, perde pontos por causa da baixa escolaridade de seu eleitor em potencial.
Mesmo ainda desconhecida de parte do eleitor cativo de Lula, ela está próxima do empate com José Serra.
Até onde se enxerga, a economia continuará crescendo, o desemprego vai cair e a renda do trabalho evoluir --o que significa que a popularidade de Lula tende a se manter em alta.
Daí que Dilma entra em março como a favorita.
Gilberto Dimenstein, 52, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às segundas-feiras.
Análise da pesquisa
Desconhecimento de Dilma é incógnita para o PT
· leia aqui os principais números do Datafolha e também pesquisas de outros institutos
Blog do Fernando Robrigues (post extra, nas férias, para analisar o Datafolha)
Dilma Rousseff (PT) subiu e quase empatou com José Serra (PSDB) na pesquisa Datafolha realizada nos dias 24 e 25 de fevereiro. O tucano está com 32% contra 28% da petista.
Um fato porém chama muito a atenção. Enquanto José Serra é o candidato mais conhecido do eleitorado, Dilma continua com metade da taxa do tucano nesse quesito.
O Datafolha pergunta quem conhece os candidatos e estratifica as respostas. No caso de Serra, 33% dos eleitores dizem conhecê-lo “muito bem”. Já Dilma só é conhecida “muito bem” por 17% dos eleitores. A seguir, a tabela com o grau de conhecimento de cada candidato:
O que significa esse ainda baixo grau de conhecimento de Dilma por parte dos eleitores? Primeiro, que a alta da candidata do PT nas pesquisas eleitorais se deu muito por conta do apoio que recebeu do presidente Lula, cuja popularidade bate recorde após recorde. Segundo, que o grande teste para Dilma Rousseff ainda não chegou: virá quando ela ficar mais solta na campanha, vai se expor mais e faltamente será bem conhecida de uma parcela maior do eleitorado. Terceiro, que o fato de ser pouco conhecida agora pode ser bom ou ruim; tudo dependerá do grau de empatia que Dilma conseguirá estabelecer com seus eventuais eleitores.
É evidente que Dilma já demonstrou ser uma candidata competitiva. Mas a solidez das intenções de voto só poderá ser verificada mais adiante, quando ela se apresentar por inteira ao eleitorado. Esse momento ainda deve demorar mais alguns meses para chegar.
Marqueteiros experientes enxergam o seguinte cenário à frente para Dilma e para a sucessão em geral:
1. Dilma subirá mais ainda nas pesquisas, por inércia das ações do governo (um marketing disfarçado e muito bem articulado) e pela inoculação que receberá da popularidade de Lula;
2. Não será surpresa se Dilma passar José Serra logo após sair da Casa Civil;
3. A candidata do PT começara a estabilizar então em seguida, podendo cair um pouco quando ficar sozinha na planície, sem cargo nem propaganda na TV até o início da campanha;
4. A partir daí, tudo dependera do desempenho do programa eleitoral e da capacidade dos dois principais candidatos, Dilma e Serra, de convencerem o eleitor sobre quem é o mais adequado para seguir a “obra” do super bem avaliado Lula;
5. Será uma campanha dura, mas em teoria muito mais fácil para o PT e para Dilma por conta da grande popularidade de Lula e por causa da desarticulação do PSDB nos Estados e da ausência do mineiro Aécio Neves na campanha tucana (a não ser que venha a ser vice de Serra, o que parece altamente improvável.
Feita a análise e a ressalva a respeito do pouco conhecimento do eleitorado sobre Dilma, é necessário dizer que a pesquisa Datafolha teve um resultado excepcional para a o PT e para a candidata petista. Para ter acesso aos dados principais da pesquisa e também aos dados de todos os levantamentos anteriores, clique aqui. Este blog tem a tradição desde o ano 2000 (quando ainda nem existiam blogs) de manter a maior compilação de pesquisas eleitorais para presidente, governador e senador.
No caso dos outros candidatos a presidente, algumas observações:
José Serra (PSDB): a resiliência do tucano é grande, pois ele ainda se mantém à frente de Dilma apesar da gigantesca máquina de propaganda federal a favor da candidata do PT. Mas o casco do navio do PSDB está muito avariado. Basta dizer que Serra é hoje, numericamente, o candidato a presidente com maior rejeição entre os que estão no páreo. Pior: perdeu pontos em todos os cenários e em todas as regiões do país, segundo o Datafolha.
A grande esperança tucana é desconstruir Dilma e provar ao eleitor que Serra seria o melhor nome para ocupar o lugar de Lula. Não é tarefa simples –e a curva do tucano está embicando para baixo.
Ciro Gomes (PSB): não aconteceu. Teve seus 10 minutos de propaganda eleitoral em fevereiro. O efeito foi nulo. Ciro tinha 13% em dezembro. Agora, tem 12%, segundo o Datafolha. No seu partido são poucos os que desejam a manutenção da postulação ao Planalto. Para complicar, está mais do que provado que Ciro tende a não ser necessário para garantir a passagem de Dilma ao segundo turno.
Tudo leva a crer que Ciro não conseguirá ser candidato. Até porque seu partido pode negar-lhe a legenda na convenção de junho (prazo oficial e obrigatório para definição de quem será lançado candidato). Restariam a Ciro três opções. Primeiro, não ser candidato a nada. Segundo, ser candidato ao governo de São Paulo representando os partidos lulistas.Terceiro, ser o candidato a vice-presidente numa chapa com Aécio Neves (PSDB), algo que nos bastidores vem sendo dito com insistente frequência. Mas essa terceira saída parece remota, pois implicaria numa desistência de José Serra –algo aparentemente improvável (mas não impossível) no momento.
Os sinais todos são de que Ciro anda chateado com essa situação. Quem é que depois de ter sido candidato a presidente duas vezes gostaria de saber que não terá mais chance? O hoje deputado do PSB, como se sabe, não é dado a “soft landings”. Fica, então, uma dúvida: o ex-ministro de Lula sairá desse processo calminho ou vai atirar para todos os lados?
Marina Silva (PV): outra que não deslancha. Assim como Ciro, teve seus 10 minutos na TV em fevereiro, mas não saiu do lugar. Tinha 8% em dezembro. Agora, manteve-se com 8%.
O desafio de Marina é desgarrar-se do discurso centrado de maneira excessiva no meio ambiente. Ela tem tentado, mas o eleitor está respondendo com indiferença. Ou seja, há que recalibrar a sua “parlance” política. Pelo menos para terminar a eleição do mesmo tamanho que tem hoje.