Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

domingo, 31 de outubro de 2010

Quem sabe não há uma reviravolta!?

Acirramento e placar abaixo de 60% fazem 2010 remeter a 1989

MAURO PAULINO
DIRETOR DO DATAFOLHA
ALESSANDRO JANONI
DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA

O eleitor define hoje uma das corridas presidenciais mais disputadas do período pós-redemocratização. Nas duas últimas edições, 2002 e 2006, Lula venceu com folga o segundo turno. O atual ocupante do cargo conseguiu em ambas as ocasiões mais de 60% dos votos válidos.
Em 1994, com uma trajetória até parecida com a de Dilma Rousseff no primeiro turno, Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda de Itamar Franco, começou a disputa atrás de Lula, mas apresentou crescimento contínuo após a implantação do Plano Real e acabou por liquidar a fatura sem a necessidade de prorrogação da disputa.
Em 1998, na briga pela reeleição, FHC liderou o quadro ao longo de todo o processo e também fechou a eleição no primeiro turno. Naquele ano, o único momento em que viu Lula ameaçar seu favoritismo foi durante repercussão de uma declaração infeliz sobre aposentados.
Das eleições presidenciais desse período, a única que bate 2010 em acirramento é a de 1989. Collor chegou a abrir dez pontos de vantagem sobre Lula no total das intenções de voto. Os dois candidatos ficaram tecnicamente empatados na véspera.
Collor venceu a eleição com 53% dos votos válidos, taxa próxima à obtida por Dilma um dia antes do pleito.
Confirmada a tendência, o continuísmo é a marca da vitória petista. De acordo com os dados divulgados hoje, a grande maioria de seus eleitores espera que a criatura siga os passos de seu criador.


TRANSFERÊNCIA
A primeira eleição para presidente sem Lula teve o próprio como protagonista.
O Datafolha desde dezembro de 2009 mediu o potencial de transferência de votos do presidente para sua pupila. Acompanhou a disseminação do conhecimento sobre Dilma nesse estrato e identificou seu perfil dominante --menos escolarizado, mais pobre e nordestino.
Detectou também os limites de transferência de votos proveniente desse apoio. A partir do crescimento de Marina Silva, acenou com a possibilidade de segundo turno no momento em que alguns esperavam um triunfo antecipado do governo.
No segundo turno, o instituto acompanhou a estabilidade do cenário eleitoral, reflexo da inadequação do debate à demanda do eleitorado. Com o foco equivocado em religião e aborto, a oposição poupou o governo e Dilma de prestarem contas em áreas mais valorizadas pela população, como saúde, segurança e educação.
A pobreza do discurso político e a incapacidade dos candidatos de se comunicar com os eleitores ficam como uma marca desta eleição. Isso, por outro lado, explica parte do sucesso de Lula.



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