Dilma afirma que vai anunciar ministério ‘por blocos’
Dilma Rousseff concedeu entrevistas a duas emissoras de TV na noite desta segunda (1º). Uma à Record e outra à Globo.
Três temas freqüentaram ambas as conversas: a equipe do futuro governo, a gestão da economia e o relacionamento com a imprensa.
Sobre a composição do ministério, disse que não fará “anúncios fragmentados, espalhados ou individualizados”.
Quando anunciar nomes, será “por blocos”. Disse que utilizará dois critérios na seleção: técnicos e políticos.
Vai manter Guido Mantega (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central)?
Dilma esquivou-se de confirmar. Tampouco negou: "Eu acredito que esses serão anúncios que terei mais cuidado a fazer. Ainda não tenho a decisão tomada".
Revelou-se preocupada com a síndrome econômica da moda: a “guerra cambial”. Afirmou que a solução para a desvalorização artificial de moedas passa pelos organismos multilaterais.
Não lhe passa pela cabeça modificar o sistema de câmbio flutuante que vigora no Brasil.
“Nós temos hoje uma quantidade de reservas que permite que a gente [...] se proteja em relação a qualquer tipo de guerra ou de manipulação internacional”.
Vai manter também a meta anual de inflação em 4,5%. Quanto aos gastos do governo, voltou a insinuar que deve levar o pé ao freio e a mão à faca:
"Terei um controle dos gastos públicos porque a característica principal de um governo no mundo de hoje é não gastar o que não pode, mas manteremos gastos sociais e investimentos".
Nas duas entrevistas fez profissão de fé a favor da liberdade de imprensa. Numa delas adiantou iniciativa que adotará depois da posse:
“Eu pretendo nos primeiros dias fazer uma reunião com os governadores sobre saúde e segurança”.
Escrito por Josias de Souza
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