Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dillma: sucessão de grandes problemas a resolver

PROBLEMAS DE UM TERCEIRO GOVERNO DE CONTINUIDADE!
                
1. A reeleição tem duas lógicas como escopo para justificá-la. Seria, na verdade, um governo de oito anos com recall na metade. Com isso, se eliminaria o desastre, mas se daria mais tempo aos bons governos. E como o sucessor será ele mesmo, a curva de irresponsabilidade fiscal tende a ser amortecida. Esse padrão não tem sido cumprido por aqui, pois a ânsia da vitória tem levado a exponenciação do gasto no ano da eleição.
                
2. Até que o Lula - paradoxalmente - deu sorte com o mensalão de 2005. A parálise política produziu uma curva moderada de expansão fiscal. E a coincidência com um ciclo de expansão econômica externa-interna fez a festa para o segundo governo.
                
3. Mesmo em governos responsáveis do ponto de vista fiscal, a curva do último ano é inevitavelmente ascendente. Supondo que o gasto público seja uma reta ascendente, e que o PIB tenha crescimento igual a essa angulação, a capacidade de gasto no primeiro ano do novo governo é o ponto médio da reta. Se o PIB estiver crescendo a mais, a capacidade de gasto será um ponto entre esse ponto médio e o ponto superior. Mas de qualquer forma o gasto público no primeiro ano do novo governo terá que ser, em termos reais, menor que no último ano.
                
4. Mas ainda há outros elementos de caráter político-administrativo. Mesmo que se mude alguns gestores, a motivação das equipes num segundo governo não é a mesma. Não há herança perversa que acusar. Não há criticas ao que foi feito e não foi feito no governo anterior. E, portanto, não há motivação espontânea. Vale dizer, a política motivacional passa a ser fundamental. Junto a ela o sistema de controles. A continuidade os afrouxa naturalmente (vide o caso Erenice como paradigma) e, por isso, a outra vertente administrativa deve ser o aperto no sistema de controle interno.
                
5. Bem, isso no caso de reeleição. Agora, no caso de terceiro governo, onde o presidente é re-reeleito através de sua candidata e fez questão, por meses, de dizer isso, é muito mais complicado. O gasto fiscal explodiu, impulsionado pela justificativa keynesiana anticrise no ano anterior, e a conjuntura é animada com um câmbio supervalorizado. Há que se estabelecer um aprofundamento dos controles e lançar um programa de motivação para o primeiro, segundo e terceiro escalões, junto a uma política econômica restritiva.
                
6. Se a presidente adquiriu experiência administrativa vertical, essa servirá para ela como última instância, mas não para a gestão das funções de governo, nem como coordenação, como era antes. É um jogo complexo, que exigirá, em primeiro lugar, consciência dele. A experiência administrativa vertical pode ser o duto pelo qual a expectativa sobre o governo pode se esvair. E nem se tratou aqui da popularidade de Lula, que certamente vai gerar - por comparação - problemas de imagem. A probabilidade de não dar certo não é pequena. O que exige mais talento, mais equipe, maior capacidade política e capacidade administrativa em novos termos.
                
7. Peter Drucker, num capítulo de um de seus livros (Administrando em Tempos de Grandes Mudanças), lista alguns conselhos aos novos governantes. Vale ler:
a) perguntar-se, não o que quer, mas o que deve ser feito. Há uma lei da política americana pela qual o mundo sempre muda entre o dia da eleição e o da posse. b) Concentre-se, não se divida. A prioridade máxima do presidente tem de ser algo que precisa ser feito. Se ela não for altamente controversa, é provável que seja uma prioridade errada. c) Nunca aposte que uma coisa é certa; sempre falha. d) Um presidente eficaz não perde tempo ele mesmo administrando os detalhes. e) Um presidente não tem amigos na administração.


Obs.: Harry Truman, ex-presidente, a John Kennedy, recém eleito: “Uma vez eleito, pare de fazer campanha.”


Ex-blog César Maia



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