Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Divisão de cargos: jogo complicado!

Tudo combinado 

Dora Kramer 

O Estado de S.Paulo 


Nessa fase complicada de partilha do latifúndio federal, os dois principais partidos de sustentação do governo Dilma Rousseff resolveram deixar de lado a disputa pelas presidências da Câmara e do Senado.
Já que as eleições no Congresso só ocorrem em fevereiro, mas a formação do ministério se inicia assim que a presidente eleita voltar de Seul, PT e PMDB no momento dão prioridade à ocupação de espaços no Executivo.
Não significa que estejam despreocupados com a tomada do poder no Legislativo.
Apenas não brigam em público por isso. E talvez nem precisem vir a brigar caso consigam se acertar entre si, uma vez que até onde a vista alcança não é possível identificar partido, grupo ou parlamentar pleiteando atrapalhar o jogo com outras candidaturas.
É comum que surjam candidatos avulsos ou que esse ou aquele partido ensaie algum movimento de independência para negociar posição melhor lugar na Mesa Diretora.
Mas o inesperado também acontece. Severino Cavalcanti durante anos foi esse tipo de candidato: lançava candidatura para presidente para ganhar uma segunda ou terceira secretaria. Assim foi até que o PT se enrolou, a oposição e o baixo clero aproveitaram o ensejo e Severino virou presidente da Câmara.


Desta vez, se não houver a visita do inusitado, PMDB presidirá o Senado e o PT a Câmara. E quem admite isso são os pemedebistas que embora façam de conta que sustentam a postulação do líder do partido, Henrique Eduardo Alves, já admitem que não há razão para arrumar briga com o PT por causa disso.
Inclusive porque os petistas têm a maior bancada da Câmara e, pelo critério da tradição, começariam o rodízio acertado entre os dois partidos deixando a presidência para o PMDB em 2013 e 2014. Quanto aos candidatos petistas, não há consenso.
Por enquanto, Cândido Vaccarezza - um líder de governo com baixo grau de credibilidade na Câmara e de confiabilidade no Planalto pelo número de derrotas que acumulou em 2010 - concorre contra dois ex-presidentes da Casa: Arlindo Chinaglia e João Paulo Cunha.


No Senado o PMDB avisa a quem interessar possa que não há a mais remota possibilidade de vir a dar certo qualquer articulação em prol do nome do senador eleito Aécio Neves, do PSDB.
Os pemedebistas têm as melhores relações com o ex-governador mineiro, mas não abrem mão da presidência nem por decisão do papa. Aécio sabe disso, tanto que já tratou de dizer que não postula o cargo.
O que corre nas internas do PMDB é que o atual presidente, José Sarney, com todo o desgaste que enfrentou nos últimos dois anos e aos 80 anos de idade, adoraria ter mais um mandato.
Faz o jogo de sempre: diz que não quer para ver se, no fim, surge como a "única" solução. Para não sucumbir ao peso das críticas, incentiva Renan Calheiros a tentar a retomada da presidência, sabendo perfeitamente bem que haverá reação contrária forte.
Sarney aposta também na falta de opções. Edison Lobão quer ser ministro de Minas e Energia; há novatos, há inexpressivos, há complicados, mas há Garibaldi Alves, que já cumpriu mandato tampão e é cogitado como possível solução.




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