Contra movimentação do PT, o PMDB relança Sarney
O PMDB ensaia no Senado uma peça de enredo conhecido: A volta do que não foi. A legenda relançou a candidatura de José Sarney à presidência da Casa.
Recém-saído de uma internação hospitalar, Sarney havia declarado que deixaria o comando do Senado em 2011.
O nome dele ressurge pela voz de Renan Calheiros, líder do PMDB: "Sarney é um nome respeitado, já bastante assimilado...”
“...A sua continuidade não provoca tremores, não abre guerras de vaidades para um início de governo que tem quase 70% de apoio nas duas Casas do Congresso".
Convertendo-se desejo em realidade, Sarney iria para sua quarta presidência, assegurando ao Senado o prolongamento do ciclo de inércia que pesa no bolso do contribuinte.
A “novidade” chega num instante em que o PT reivindica dividir com o PMDB o comando do Senado na próxima legislatura.
O petismo deseja reproduzir no Senado um acordo esboçado na Câmara. Prevê a presidência rotativa –dois anos para o PMDB, dois para o PT.
Ao devolver Sarney ao tabuleiro, ainda que apenas para esquentar o lugar, o PMDB sinaliza ao PT: no Senado, a briga é para gente grande.
Escrito por Josias de Souza
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