Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Serra de volta


'É brincadeira', diz Serra sobre assumir presidência do PSDB
24 de novembro de 2010

Em debate na  TV Canção Nova/Aparecida , Serra disse que não é questão de vida ou morte ganhar a Eleição, mas é importante para o Brasil. Foto: Fernando Borges/Terra


LUCIANA COBUCCI
Direto de Brasília
O ex-governador de São Paulo e candidato derrotado à presidência José Serra (PSDB) afirmou, nesta quarta-feira, que não pretende ser presidente do partido, atualmente chefiado pelo senador Sérgio Guerra (PE). "Isso é brincadeira", disse a jornalistas na saída de uma reunião com senadores tucanos e aliados no Senado. "Mas é evidente que vou atuar no partido, como atuo desde os 20 anos de idade".
Serra evitou comentar a formação da equipe econômica do governo da presidente eleita Dilma Rousseff, que anunciou a manutenção de Guido Mantega no Ministério da Fazenda e a nomeação de Alexandre Tombini para o Banco Central e Miriam Belchior para o Ministério do Planejamento nesta quarta. O ex-governador de São Paulo, no entanto, elencou alguns problemas que a equipe poderá enfrentar durante o governo.
"O câmbio está supervalorizado, o crescimento da economia está menor, principalmente da indústria, a taxa de inflação é ascendente, o déficit público está maquiado, sem contar os projetos megalomaníacos, como o trem-bala, que não será construído com capital privado e não tem demanda que justifique a construção", disse.
O candidato derrotado à Presidência também afirmou ser contra a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Essa história de repartir os recursos da CPMF entre governos federal, estaduais e municipais não acontecerá. O governo federal certamente irá diminuir outras transferências que não são obrigatórias", afirmou.

Lulla continua arrogante, mentiroso e hipócrita

Lula volta a cobrar desculpas de Serra


Presidente diz que “tentaram inventar outra história” para a bolinha de papel

Lula começou e terminou a entrevista que concedeu a blogueiros na manhã de hoje (24.nov.2010) falando sobre o episódio da bolinha de papel na campanha de José Serra (PSDB). O presidente cobrou desculpas de seu adversário e considerou a cena “uma mentira” e “patética”.

Em 20.nov.2010, quando fazia caminhada no Rio de Janeiro, Serra teria sido atingido, na cabeça, por objetos ainda não claramente identificados. Fez tomografia, cancelou compromissos de campanha e ficou em repouso.

Uma primeira reportagem do “SBT”, nessa data, identificou o objeto como uma bolinha de papel, vista claramente nas imagens (aqui, vídeo da emissora). No dia seguinte (21.nov.2010), a “Globo” anunciou que, além da bolinha de papel, uma bobina de fita crepe teria atingido José Serra – com base em imagens captadas por celular da reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” (aqui, vídeo do “Jornal Nacional”; aqui, o da "Folha").

O SBT também divulgou as imagens captadas pelo celular da “Folha” em uma outra reportagem. A partir daí, uma enxurrada de interpretações técnicas sobre as imagens do episódio surgiu na web. Vários especialistas divergiram da versão apresentada por um técnico no “Jornal Nacional”. Aquiaqui, exemplos dessas análises. O episódio nunca foi inteiramente esclarecido de maneira definitiva. Para Lula, entretanto, tratou-se apenas de uma bolinha de papel que atingiu José Serra.

Antes de começar o encontro com os blogueiros, Lula brincou: “depois da entrevista vou fazer bolinha de papel e jogar na cabeça de cada um [dos blogueiros] pra ver quem faz mais machucado”. Quase na hora de encerrar a conversa, retomou o assunto e deixou claro que, para ele, Serra protagonizou uma farsa.

“Aquilo era pra culpar o PT. Aquilo era pra culpar a violência, aquilo era pra culpar um monte de coisa, quando na verdade a violência foi o desrespeito ao ser humano. Por isso é que eu disse: o Serra tem que pedir desculpas ao povo brasileiro, porque ninguém pode brincar com o povo desse jeito”, afirmou Lula.

O presidente disse que, no dia em que Serra foi agredido, não tinha planejado conceder entrevista, mas decidiu falar porque viu uma reportagem e “a cena patética que ‘tavam mostrando”. “Eu disse: ‘a Dilma é mulher, ela não deve lembrar do jogo do Brasil de 1990 com o Chile. Ela não deve saber nada do tal do Rojas. Eu vou falar’”, contou Lula. “Foi uma desfaçatez. Gente, eu perdi três eleições. Eu poderia perder a quarta e a quinta. Eu jamais teria a coragem de fazer uma mentira daquela”, continuou o presidente.

Lula critica GloboUm dos blogueiros perguntou a Lula se tinha ficado decepcionado com a “TV Globo” (a emissora contestou a versão de que teria sido só uma bolinha de papel). O presidente respondeu de maneira ambígua, mas acabou criticando indiretamente a Globo: “fiquei decepcionado porque tentaram inventar uma outra história. Tentaram inventar um objeto invisível que até agora não mostraram. Não precisa disso, gente”, respondeu.

Abaixo, transcrição do trecho final da entrevista de Lula aos blogueiros, em que ele comenta o caso da bolinha de papel:

“Aquele dia do papel eu não ia dar entrevista. Eu tinha feito um ato lá em Rio Grande, no Rio Grande so Sul. Eu não ia dar entrevista. Quando eu vi uma reportagem que eu vi a cena patética que tavam mostrando, sabe? Eu disse: ‘a Dilma é mulher ela não deve lembrar do jogo do Brasil de 1990 com o Chile. Ela não deve saber nada do tal do Rojas eu vou falar, sabe? Porque, realmente, foi uma desfaçatez. Gente, eu perdi três eleições. Eu poderia perder a quarta e a quinta. Eu jamais teria a coragem de fazer uma mentira daquela”.

“O senhor ficou decepcionado com a TV Globo naquela cobertura?” [pergunta de blogueiro]

“Sabe eu fiquei decepcionado porque tentaram inventar uma outra história. Tentaram inventar um objeto invisível que até agora não mostraram. Não precisa disso, gente. O que é importante é que vocês que trabalham na internet sabem o seguinte: nunca no mundo saiu tanta matéria tão rápido e tanta gente acessou como naquele episódio”.

“Porque foi uma coisa que o povo não merece aquilo. Aquilo era pra culpar o PT. Aquilo era pra culpar a violência, aquilo era pra culpar um monte de coisa, quando na verdade a violência foi o desrespeito ao ser humano. Por isso é que eu disse: o Serra tem que pedir desculpas ao povo brasileiro, porque ninguém pode brincar com o povo desse jeito”
.

Blog do Fernando Rodrigues



Serra se reune com aliados no Congresso

Serra diz que errou ao defender manutenção da CPMF
25/11/2010
Durante reunião com tucanos e outros aliados ontem no Congresso, o ex-governador José Serra (PSDB) fez um "mea culpa" a respeito de sua posição em defesa da CPMF, quando da derrubada do imposto, em dezembro de 2007.
Serra se reuniu no Congresso com lideranças do PSDB para fazer um balanço da campanha eleitoral
"Eu errei", afirmou o candidato derrotado ao Planalto, reconhecendo que isso o colocou em choque com lideranças do partido, em especial no Senado.
A visita-surpresa foi entendida como primeiro passo do ex-governador de São Paulo para tentar ocupar a presidência do PSDB a partir de 2011.
O caminho, porém, não será tranquilo. Há forte oposição interna à ideia de lhe dar novamente o comando da sigla.
Na visita, ele também rebateu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que cobrou um pedido de desculpas do tucano pelo episódio da "bolinha de papel" durante a campanha presidencial.
Serra disse que Lula está em campanha para 2014 ao "mentir" uma vez que foi de fato atingido por um objeto durante visita ao Rio de Janeiro --além de uma bolinha de papel.
"Ele continua fazendo campanha, talvez já tenha começado sua campanha para 2014, e dizendo mentiras inclusive muito pouco apropriadas para a figura de um presidente da República", afirmou.
Em duros ataques a Lula, Serra disse que o petista vai deixar uma "herança bastante adversa" para sua sucessora Dilma Rousseff (PT) com problemas na economia do país.
"Está deixando um grande nó para o próximo governo, um nó de difícil solução que vai custar muito caro ao país: déficit público maquiado, inflação ascendente, o maior déficit de balanço de pagamentos da nossa história, câmbio supervalorizado com o crescimento descontrolado das importações."


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dillma compõe staff

Dilma adia a negociação com ‘aliados’ para dezembro

  Dilma Rousseff adiou para dezembro a negociação com os partidos que compõem a coligação que lhe dará suporte no Congresso.

Foi o que ela informou a dois personagens com os quais se reuniu, separadamente, nesta terça (23).

Recebeu Michel Temer, vice eleito e presidente do PMDB; e Eduardo Campos, governador reeleito de Pernambuco e presidente do PSB.

De acordo com o que disse ao operadores da treansição, Dilma explicou a ambos que, definidos os nomes da equipe econômica, vai escalar o time do Planalto.

Nesta quarta (24), deve oficiliazar Guido Mantega (Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central).

Na quinta (25), voa para Georgetown, na Guiana, junto com Lula. Participa de reunião da Unasul, o segundo compromisso internacional depois de eleita.

Na semana que vem, segundo disse, concluirá a montagem da cozinha palaciana. E só então abrirá a negociação com os partidos.

Considerando-se o que diz, Dilma já montou ou está muito perto de montar o xadrez do Planalto.

Superou a resistência que nutria à acomodação de Antonio Palocci na equipe da Presidência.

Tentou empurrar Palocci para a pasta da Saúde. Porém, o deputado, médico de formação, refugou o abacaxi.

Agora, sem mencionar o cargo, Dilma deixa antever que Palocci vai mesmo a uma pasta assentada na sede do Planalto.

Seja qual for o ministério, o ex-czar da economia de Lula não terá, sob Dilma, as feições de um superministro. Nem Palocci nem ninguém. 

Para livrar-se da armadilha, Dilma vai retirar da Casa Civil a atribuição de coordenar o PAC e suas obras.

Transferida da assessoria da Presidência para o Planejamento, Miriam Belchior levará com ela o programa que deu superpoderes a Dilma.

Aferrada ao calendário que se autoimpôs, Dilma esquiva-se de antecipar a análise dos nomes que as legendas levarão à mesa.

Limita-se a emitir sinais. Ao PMDB, por exemplo, insinua que a legenda perderá a pasta da Saúde.

Diante da recusa de Palocci, Dilma fixou-se na ideia de nomear outro “técnico” para o lugar do médico José Gomes Temporão (PMDB).

Tomada pelo que informa em privado, Dilma não parece inclinar-se para o petista Alexandre Padilha.

Coordenador político de Lula, Padilha, que também é médico, cabala apoios para virar titular da Saúde.

Padilha move-se com desenvoltura tamanha que despertou em Dilma uma ponta de aversão.

O PMDB decidiu não quebrar lanças por Temporão. Enxerga nele um apadrinhado do governador Sérgio Cabral (RJ), não um representante do pedaço do partido que tem votos no Congresso.

Ao mesmo tempo em que digere a perspectiva de ficar sem a Saúde, os partidários de Temer cultivam a expectativa de que Dilma brinde o PMDB com uma compensação.

Quanto ao PSB de Eduardo Campos, Dilma sinaliza a intenção de tonificar a presença da legenda na Esplanada –um prêmio à lealdade e ao desempenho nas urnas.

São temas que a sucessora de Lula planeja tratar no final da próxima semana, entre os dias 1º e 3 de dezembro. Ela tem a intenção de fechar o ministério até o dia 15.
Escrito por Josias de Souza


Lulla se superestima e não admite críticas

Lula fala sobre a mídia. E vai ao ataque.

Presidente diz desejar um instrumento para combater “falsas denúncias”

Em entrevista hoje com blogueiros no Palácio do Planalto, Lula disse que “parte da imprensa” brasileira não está interessada em retratar seu governo, mas sim divulgar uma interpretação dos fatos que não corresponde ao que acontece no Brasil nem às pesquisas que indicam alta popularidade de sua gestão.

“Se daqui a 100 anos alguém for fazer a história do meu mandato e for pegar algumas revistas, vai ter a pior impressão possível”, diz Lula. “Vai ter que se informar por revistas americanas ou por vocês da internet”, sugeriu o presidente.

Em seguida, ele disse que o governo deve continuar investindo em tornar os brasileiros mais “controladores de sua vontade” para que possam ter olhar crítico aos meios de comunicação. “Vamos trabalhar para que o leitor brasileiro fique cada vez mais sabido, controlador da sua vontade”, diz Lula, que passa a Presidência para Dilma Rousseff em 1°.jan.2010.

Mais adiante, Lula falou: "Não existe maior censura do que a idéia de que a mídia não pode ser criticada".

Lula disse também que, antes de acabar seu mandato, tentará desenhar um instrumento para que a sociedade possa acionar judicialmente veículos de imprensa que divulgam, segundo o presidente, “falsas denúncias”.

O presidente citou exemplos de notícias que teriam prejudicado a sociedade.

“Lembro que tava tendo a febre, não a suína, a gripe aviária... E eu lembro que um determinado jornal publicou em horário nobre umas galinhas mortas em Marília e disseram que era gripe aviária. Por conta disso caiu 70% o consumo de galinha no Brasil”, declarou Lula.

“Fui na Embrapa pra dizer aos companheiros da imprensa que nesses casos é preciso mais seriedade. É preciso procurar especialistas. Mas não especialistas de plantão”, criticou Lula.

Segundo Lula, a imprensa também provocou medo entre a população durante o surto de febre amarela e com a crise econômica americana.

Ele teorizou sobre como deve ser a atitude de um jornal ao obter resultados negativos em pesquisa de consumo. Para Lula, a manchete correta não pode ser “Consumidor está com medo”. Segundo o presidente, o correto seria o inverso. “Companheiro a informação que você tem que dar é pra reverter, não pra causar pânico”, afirmou.
Lula manifestou vontade de “ir atrás disso [instrumento para acionar os veículos judicialmente]”.

“Para ver se deixo alguma mudança para a Dilma, para facilitar a capacidade de ação do governo e da própria sociedade”, explicou Lula aos blogueiros.

blog Roberto Rodrigues


Ano difícil para Dillma

"EL PAÍS" FALA SOBRE A SAÍDA DE MEIRELLES DO BANCO CENTRAL. 2011: PIB DE 3%, INFLAÇÃO DE 8%!


"Según algunos analistas, como Cesar Maia, probablemente el mismo Meirelles haya provocado su salida, porque prevé que 2011, dadas las dificultades por las que atraviesa la economía de los países ricos, no será un año de vacas gordas para Brasil. La inflación, según la Fundación Getulio Vargas, podría ya estar en un 8% por lo que habría que aumentar aún más los intereses ya muy altos. Se prevé que el crecimiento del PIB, que este año puede superar el 7%, en 2011 no superará el 3%. El cambio hoy con la supervalorización del real, crea problemas a la balanza comercial. El déficit en cuenta corriente va hacia los 60.000 millones de dólares y, si se desvalorizase el real por decreto, la inflación se dispararía aún más, y China, con su política económica agresiva de exportaciones, sigue siendo una incógnita para Brasil."




terça-feira, 23 de novembro de 2010

Serra no Instituto Teotônio Vilela

Serra deve assumir presidência de instituto tucano

AE - Agência Estado - 23 de novembro de 2010

O PSDB já tem a fórmula para não entregar a presidência nacional do partido ao candidato derrotado José Serra nem tampouco forçar a aposentadoria do expoente tucano, deixando-o sem tribuna. Para preservar aquele que arrebanhou 43,7 milhões de votos e valorizar o "racha" do eleitorado pela oposição, Serra deverá assumir a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV) de estudos e pesquisas do PSDB.
Esta é a alternativa que os tucanos vislumbram para reservar a Serra um espaço confortável na estrutura partidária, que lhe permita agir como oposição tucana e não afronte as resistências à ideia de abrigá-lo na presidência da legenda, como ocorreu depois da eleição de 2002.
O tucanato avalia que a saída tem múltiplas vantagens, a começar por livrar Serra do título de "candidato derrotado", conferindo-lhe um posto de "presidente" sem aprofundar o racha entre paulistas e mineiros ligados ao senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG).
Além de ser um instituto que fica acima da legenda, o ITV tem a vantagem de ser a única estrutura que tem recursos próprios, pois conta com os repasses legais e obrigatórios do partido. No cargo de presidente, Serra vai gerir um orçamento que este ano beirou os R$ 4 milhões, suficientes para contratar uma pequena equipe de assessores.
Mais que isso: no ITV, Serra terá mobilidade para viajar pelo País e comandar a tal "refundação do PSDB" sugerida por Aécio, tarefa que também poderá ocupar o presidente de honra Fernando Henrique Cardoso e o ex-presidente da legenda Tasso Jereissati, que não conseguiu se reeleger senador pelo Ceará. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 


domingo, 21 de novembro de 2010

Entrevista com Reis Lobo, presidente do PSDB de SP

'Não interessa ao PSDB que se aposentem figuras com Serra, Tasso e FHC', diz Reis Lobo


Presidente municipal do PSDB de São Paulo vê 'papel fundamental' para Serra na oposição, rechaça a ideia de 'refundação' do partido ancorada em novas lideranças

21 de novembro de 2010

André Mascarenhas - Estadão.com.br
O candidato derrotado da oposição à Presidência, José Serra, deve continuar a influir decisivamente nos rumos do PSDB, e a renovação propagada por lideranças que emergiram mais fortes das urnas dependerá menos da reacomodação destes quadros na hierarquia partidária do que se imagina. A tese é do presidente municipal do PSDB de São Paulo, José Henrique Reis Lobo, que vê "um papel fundamental" para Serra na oposição, rechaça a ideia de "refundação" do partido ancorada em novas lideranças e relativiza a ideia de que Aécio Neves é o candidato natural para 2014.
"Francamente, eu não entendi bem, até agora, o que quer dizer 'refundação' do PSDB, porque ninguém ainda explicou devidamente", afirmou Lobo. Com bom trânsito entre serristas e alckmistas, Lobo é daquelas figuras dos bastidores que raramente dão entrevistas. Em entrevista por e-mail ao estadão.com.br, ele deixa claro que os planos de Aécio, de figurar como candidato de consenso da oposição à Presidência em 2014, encontrarão forte resistência em São Paulo. "Se a expressão for apenas um eufemismo usado pelos que querem a renovação das lideranças do partido, pessoalmente tenho outra opinião", escreveu.
"Não acho que interesse ao PSDB e nem mesmo ao Brasil que se aposentem figuras com a experiência e a competência, por exemplo, dos ex-governadores José Serra e Tasso Jereissati e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso", continuou. A referência aos três caciques que detiveram a hegemonia do tucanato nos últimos anos é uma resposta a setores que, logo após a confirmação da derrota de Serra, argumentaram que o triunvirato passaria para a reserva, dando lugar a Aécio e aos governadores eleitos de São Paulo, Geraldo Alckmin, e Paraná, Beto Richa.
Ainda assim, Lobo procurou ressaltar a importância da convivência entre as velhas lideranças e os novos quadros do partido, e citou, além de Aécio, Alckmin e Richa, os nomes dos governadores eleitos Antonio Anastásia e Marconi Perilo e do senador eleito Aloysio Nunes Ferreira. "A refundação do partido se dará não pela substituição das atuais lideranças, mas pela definição do tipo de oposição que pretendemos fazer ao governo que vai se instalar", disse.
Embora não desminta os rumores de que Serra poderá se candidatar à prefeitura da capital em 2012 - "credenciais lhe faltam" -, Lobo vê para o tucano um destino diferente. "Serra é um nome de expressão nacional. Poucos homens públicos no Brasil têm a bagagem intelectual e moral que ele ostenta", escreveu, num sinal de que o ex-governador alçará, em breve, voos mais altos. "Esse contexto vai impor um papel fundamental a José Serra, que extrapolará o de candidato a prefeito de São Paulo."
Erros. Coordenador administrativo da campanha de Serra, Lobo também fez um balanço do pleito. Para ele, a derrota do tucano se deveu muito mais à utilização da máquina federal em prol de Dilma Rousseff do que aos erros do PSDB. "A vitória da situação tem que ser relativizada, porque mostra que, apesar de tudo, quase a metade da população prefere o Brasil sob outra condução", acrescentou.
A seguir, a íntegra da entrevista:
Durante a campanha o PSDB acreditava, até o fim, que ganhariam as eleições, ou houve um momento em que ficou claro que elas estavam perdidas?
Quem disputa uma eleição nunca acha, de todo, que vai perdê-la. No nosso caso, cerca de dez dias antes do segundo turno, nossa avaliação era de que a situação estava muito complicada. Afinal, as pessoas encarregadas de fazer a leitura das pesquisas diziam que a vitória seria possível desde que ganhássemos a eleição em São Paulo com uma diferença de três milhões e meio a quatro milhões de votos, empatássemos em Minas Gerais e perdêssemos no Rio de Janeiro por, no máximo, quinhentos mil votos. A constatação que fazíamos, no entanto, era de que não tínhamos fôlego para isso. Mesmo assim, em nenhum momento desanimamos, porque, baseados em experiências anteriores, sabíamos que, numa campanha, quando menos se espera surge um fato novo, capaz de mudar radicalmente a sorte das eleições.
Passadas as eleições, que avaliação o partido faz da campanha e dos erros que levaram à derrota?
As análises, até agora, têm sido individuais. Eu, particularmente, acho que não houve erros que pudessem ser considerados fatais. Claro que houve equívocos, como em toda a empreitada humana, mas, a meu ver, nenhum deles pode ser considerado como determinante da derrota. Perdemos porque as circunstâncias não nos ajudaram. Apesar das virtudes do candidato da oposição, não foi fácil competir, como sabíamos desde o início, com a outra candidatura, que tinha o apoio ostensivo do Presidente da República, no auge da sua popularidade. Mesmo assim, se considerarmos esse e outros fatores, como a falácia a que tem sido submetido o povo brasileiro ao longo dos últimos oito anos, a vitória da situação tem que ser relativizada, porque mostra que, apesar de tudo, quase a metade da população prefere o Brasil sob outra condução.
Após a derrota de Serra, o ex-governador de Minas, Aécio Neves, sugeriu que o PSDB precisará passar por uma "refundação". Qual será o papel reservado ao partido nos próximos quatro anos?
Francamente, eu não entendi bem, até agora, o que quer dizer "refundação" do PSDB porque ninguém ainda explicou devidamente. Se a expressão for apenas um eufemismo usado pelos que querem a renovação das lideranças do partido, pessoalmente tenho outra opinião, porque não acho que interesse ao PSDB e nem mesmo ao Brasil que se aposentem figuras com a experiência e a competência, por exemplo, dos ex-governadores José Serra e Tasso Jereissati e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Esses são, a meu ver, líderes insubstituíveis, que, no entanto, podem e devem conviver com lideranças que emergem das urnas, como os governadores Geraldo Alckmin, Antonio Anastásia, Beto Richa, Marconi Perilo e os senadores eleitos Aécio Neves e Aloysio Nunes Ferreira. Para mim, é o conjunto dessas e de outras lideranças que darão a cara do PSDB nos próximos quatro anos e a "refundação" do partido se dará não pela substituição das atuais lideranças, mas pela definição do tipo de oposição que pretendemos fazer ao governo que vai se instalar.
Qual é o futuro de Serra dentro do partido e quais são seus horizontes políticos? Ele seria um bom candidato a prefeito de São Paulo em 2012?
Credenciais para ser candidato não lhe faltam, evidentemente. Entretanto, com a ressalva de que é absolutamente prematuro tratar das eleições de 2012, tenho a impressão, nesse momento, de que é outro o papel que lhe está reservado na vida pública nos próximos anos. Serra é um nome de expressão nacional. Poucos homens públicos no Brasil têm a bagagem intelectual e moral que ele ostenta, ao lado da experiência acumulada na sua trajetória de político e de administrador. A oposição, que a candidatura de Serra representou, vai ter que estar vigilante. Para cumprirmos o papel que a sociedade nos atribuiu, penso que vamos ter também que estar atuantes, confrontando sempre os projetos e as políticas do futuro governo com os que temos para o País e com os quais nos apresentamos para a nação brasileira. Se for isso mesmo, esse contexto vai impor um papel fundamental a José Serra, que extrapolará o de candidato a Prefeito de São Paulo.
Com a vitória de Alckmin, como está relação entre as alas serristas e alckmistas dentro do PSDB após as eleições? Como elas se comportarão com vistas à construção da candidatura a prefeito da capital em 2012?
Nada faz supor, a meu ver, que haja no horizonte qualquer sinal de estranhamento entre os que, dentro do partido, são mais chegados a Serra e os que são mais próximos de Alckmin. Eu diria que os interesses são convergentes e que a eleição passada serviu para aproximar ainda mais os dois, pela conduta absolutamente irrepreensível de cada um com relação a candidatura do outro. O pressuposto é que uma candidatura se constrói em nome do interesse da sociedade, que o partido político acha que pode representar. E dentro do partido há nomes, que no seu devido tempo serão analisados, com base em diversos critérios, para que se saiba qual está melhor habilitado para se apresentar como candidato.
Caso Gilberto Kassab deixe mesmo o DEM para ingressar no PMDB ou outro partido político, o que muda na relação do PSDB com o prefeito?
É muito difícil falar sobre hipóteses e, no caso, são duas as que estão colocadas. A primeira é a do prefeito sair do DEM e ingressar em outro partido político. A segunda é a do que acontecerá com relação aos tucanos se isso se confirmar. Para falar a verdade, se o fato ocorrer, as variáveis seriam tantas e teriam ainda que ser combinadas com tantas outras que nem o matemático Oswald de Souza seria capaz, nessa altura, de responder a essa questão. No momento, o que importa é deixar claro que o DEM e suas principais lideranças nacionais, entre as quais o prefeito Gilberto Kassab, foram parceiros do PSDB na última campanha e revelaram uma lealdade exemplar às candidaturas de Geraldo Alckmin e de José Serra. Figuras como Jorge Borhausen, Rodrigo Maia, Guilherme Afif Domingos e Índio da Costa, entre tantos outros, foram expoentes das campanhas do PSDB. Eu acompanhei tudo isso muito de perto e acho importante que se faça esse reconhecimento.
O nome do Sr. tem sido cotado para o cargo de Secretário de Cultura no governo de Geraldo Alckmin. Houve algum convite nesse sentido?
Não vejo o governador eleito desde as eleições. Acho que a sociedade vai estar de olho no governo dele desde o primeiro dia. E o PSDB mais ainda, porque sabe que ele terá que fazer uma gestão no mínimo excelente para que o partido chegue forte nas eleições de 2012 e de 2014, minimizando um certo sentimento de exaustão que pode estar presente naqueles pleitos. Meus votos são de que ele seja feliz na montagem da equipe que vai ajudá-lo a governar.
A eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República deixa claro que o eleitor brasileiro está pronto para votar em mulheres para os cargos mais importantes. Como o Sr. vê a ascensão feminina na política e como o PSDB pretende contribuir para dar mais espaço às mulheres na administração pública?
A ascensão das mulheres na política brasileira tem se dado progressivamente, como, de resto,em todo o mundo ocidental, e é um fato extremamente auspicioso, fruto de uma história de luta para que não haja discriminação, sob qualquer aspecto, em função de gênero. No Brasil, os governos do PSDB têm dado uma contribuição extremamente importante para isso, bastando considerar, por exemplo, que, em São Paulo, na gestão do Governador José Serra, quatro das mais importantes Secretarias de Estado foram a elas conferidas, cabendo, a propósito, destacar o trabalho de Maria Helena Guimarães, na Educação, Linamara Batistella, na Pasta dos Portadores de Deficiências, Dilma Pena, na área de Saneamento e Energia, e Rita Passos, na Assistência Social, sem contar o formidável desempenho de Rosemarie Corrêa à frente do Coselho da Condição Feminina, vinculado à Secretaria de Relações Institucionais, que tive a honra de exercer. Antes delas, Rose Neubauer e Guiomar Namo de Mello já eram expoentes, entre outras, do Governo Mário Covas. Na campanha de Serra, a Senadora Marisa Serrano teve papel de relevo, participando da coordenação política e sendo a responsável pela agenda de compromissos do candidato. Nos Estados sob o comando do partido, com certeza elas continuarão sendo chamadas para o exercício de funções relevantes, haja vista a permanência no Governo de São Paulo da Dra. Linamara Batistella, primeiro nome anunciado por Geraldo Alckmin para compor o seu Secretariado.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Agora saberemos melhor quem foi a Dillma terrorista!

STM libera acesso de jornal a processo de Dilma

De Débora Santos, do G1
O Superior Tribunal Militar (STM) liberou nesta terça-feira (16) o acesso do jornal “Folha de S.Paulo” ao processo que, durante a ditadura militar, levou à prisão a presidente eleita, Dilma Rousseff. Por 10 votos a 1, o plenário concedeu o pedido feito pelo jornal, que havia sido impedido de conhecer os autos. 
Com a decisão, o jornal poderá consultar e fazer cópias do processo, mas somente após a publicação da decisão no "Diário da Justiça", o que deve ocorrer na próxima segunda (22).
A advogada da "Folha de S.Paulo", Tais Gasparian, lamentou que a decisão tenha saído apenas depois das eleições.
“Foi uma vitória da sociedade, mais que uma vitória da 'Folha de S.Paulo'. Esses documentos históricos jamais poderiam ser subtraídos. É lamentável que o pedido tenha sido deferido pós eleições”, disse.
O julgamento sobre o caso havia sido interrompido em 19 de outubro, com placar de 2 votos a 2, por um pedido de vista da Advocacia-Geral da União (AGU).
Segundo o coordenador de Assuntos Militares da AGU, Maurício Muriack, a União deveria ter sido citada na ação.
O relator do caso no STM, ministro Marcos Torres, foi o único a votar contra o acesso do jornal aos autos. Ele entendeu que isso fere o direito à privacidade da presidente eleita. Segundo o ministro, não houve pedido de autorização a Dilma para ter acesso ao processo.


Assassinato de Celso Daniel e o caixa 2 do PT

Caso Celso Daniel: esquema abastecia Caixa 2 do PT

Sérgio Roxo, O Globo
O promotor Francisco Cembranelli pretende expor ao júri popular que julgará na quinta-feira o réu Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos, que o então prefeito de Santo André Celso Daniel foi assassinato para manutenção de um esquema de corrupção que destinava recursos para o caixa de campanha do Partido dos Trabalhadores e para contas pessoas.
- Havia uma desvio para caixa de campanha e também para contas pessoais. A administração toda era do Partido os Trabalhadores - disse Cembranelli, que foi designado para participar do júri pela Procuradoria-Geral de Justiça. O promotor ganhou notoriedade depois de conseguir este ano a condenação do casal Nardoni pelo morte da menina Isabella.


Alckmin compõe secretariado

Alckmin anuncia primeiros secretários de seu governo

Por Gustavo Uribe. no Estadão Online:
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou esta tarde os primeiros quatro nomes que vão compor seu secretariado na nova gestão à frente do Palácio dos Bandeirantes, a partir de 1º de janeiro de 2011. Ao lado de integrantes do núcleo duro de seu comitê de transição, como os deputados Silvio Torres e Julio Semeghini, Alckmin anunciou Sidney Beraldo para o cargo de secretário da Casa Civil, o coronel Admir Gervásio Moreira para a Secretaria da Casa Militar, o médico Giovanni Guido Cerri para a Secretaria Estadual de Saúde e a permanência da atual secretária Lina Mara Rizzo Batisttella para a pasta dos Direitos da Pessoa com Deficiência. “Vamos começar hoje a escalação do time para São Paulo avançar ainda mais”, afirmou o governador eleito.
A divulgação dos nomes foi feita no prédio onde funciona o gabinete de transição, na capital paulista, e durou apenas cinco minutos. Em seguida, o governador abriu o evento para perguntas dos jornalistas. De acordo com Alckmin, o anúncio dos nomes dos integrantes da equipe econômica não será feito neste momento, como era esperado. “Não tem correria”, afirmou o governador, segundo o qual o grupo deve ser anunciado entre “o fim de novembro e o começo de dezembro”.
Alckmin antecipou ainda que começaram hoje as negociações de cargos com partidos aliados. Hoje, por exemplo, o governador se reuniu com deputados estaduais e federais do PPS. De acordo com ele, a sigla entregou ao PSDB um conjunto de sugestões para um futuro governo, incluindo propostas na área de desenvolvimento. O governador eleito afirmou que seu novo secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, foi escalado para ser o responsável pela negociação com os aliados.
Questionado, Alckmin sugeriu que o PV deve ter participação no seu novo time e que o provável nome para ocupar a Secretaria do Meio Ambiente é o do ex-tucano e ex-candidato da sigla ao governo de São Paulo Fábio Feldmann. “(O PV) é um partido importante, com propostas”, elogiou.
Alckmin reafirmou que pretende criar uma Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Metropolitano que, em médio prazo, estudará propostas para o crescimento e o desenvolvimento das principais regiões metropolitanas do Estado. Ele ressaltou, porém, que a iniciativa ainda passa por um processo de discussão. “Ainda discutimos o melhor formato”, afirmou. Segundo o tucano, “provavelmente algumas das secretarias da atual gestão serão extintas”. Alckmin não citou quais serão elas.
Secretários
Braço direito de Alckmin no processo da transição, Sidney Beraldo foi escalado para fazer a mediação entre as campanhas estadual e federal do PSDB, lançando mão do bom trânsito que usufrui entre as diferentes alas do partidos. Conciliador, Beraldo tem a simpatia do núcleo da sigla ligado ao ex-governador José Serra, além de contar com a admiração dos alckmistas. O talento em costurar acordos e aplacar impasses foi, inclusive, testado na campanha deste ano, imbróglio do qual o tucano saiu bem.
Diante da crise aberta com a renúncia do ex-governador Orestes Quércia (PMDB), que disputaria uma das vagas ao Senado na chapa liderada pelo PSDB, Beraldo abriu mão do posto de suplente do então candidato Aloysio Nunes (PSDB-SP), eleito senador, para o PMDB. Com o gesto, ficou a promessa de que o deputado estadual assumiria um dos postos-chave da nova gestão do PSDB no Palácio dos Bandeirantes. O tucano já foi presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (2003/2005) e, em 2006, presidente do PSDB-SP. Em 2007, deixou o posto para ocupar a secretaria estadual de Gestão Pública no governo de José Serra.
Formado em Direito e em Química e ex-comandante do Policiamento Metropolitano de São Paulo, o coronel Gervásio é corregedor da Polícia Militar desde maio deste ano. Giovanni Guido Cerri foi diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), é doutor em Radiologia e especialista em ultrassonografia e tumores malignos. Lina é médica fisiatra e foi diretora do Instituto de Medicina de Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (IMREA) por mais de 20 anos.