Ex-mulher de Collor pede para não votarem nele
Odilon Rios, O Globo
Na periferia da capital alagoana, a ex-primeira dama Rosane Malta (ex-Collor) é presença constante em cultos da igreja evangélica El Shaddai. Os cabelos loiros e o prestígio do passado chamam a atenção. Agora, ela quer entrar na política. Prepara voos para 2012 ou 2014. Filiou-se ao PV, é eleitora de Marina Silva. Começa, este ano, a treinar o corpo a corpo:
- Vou pedir às pessoas que não votem no Fernando. Não serei uma anti-Collor. Só que ele não mudou. E tenho de mostrar isso aos alagoanos - disse.
O ex-marido é candidato ao Governo e está empatado nas pesquisas, segundo levantamento do Ibope, com o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB).
Há alguns dias, Vilela encontrou-se com Rosane e pediu o voto dela, além de ajuda para a campanha. Não se sabe a resposta dela, mas os tucanos se animaram e têm a aproximação da ex-primeira-dama como favas contadas.
Este momento pode ser o horário eleitoral dos adversários de Collor. Ela não descarta aparecer na televisão e no rádio para "contar a minha história". E diz que vai acompanhar as pesquisas para decidir se entra no primeiro ou segundo turno da campanha.
- Não é a mulher traída, abandonada há cinco anos. Nada disso. É uma mulher injustiçada, que luta na Justiça pelos seus direitos e quer reconstruir a vida.
Rosane foi casada com o senador durante 22 anos. Ela tinha 19 anos. Aos 22 era a primeira dama, com Collor governador. Aos 24, subiu a rampa do Palácio do Planalto, com Collor, de onde desceu dois anos depois, com o impeachment.
Em 2005, se separaram. Durante o casamento, Collor namorava a arquiteta Caroline Medeiros, atual esposa dele. Rosane entrou na Justiça e pede metade dos bens do ex-presidente, entre eles, metade das ações da Organização Arnon de Mello, o meio de comunicação da família Mello.
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