Dilma perde votos em todas as regiões e grupos, e vantagem cai de 14 para 2 pontos em duas semanas; cresce chance de 2º turno; rejeição a petista vai a 27%
Pesquisa Datafolha publicada na Folha desta terça mostra que, a seis dias da eleição presidencial de 3 de outubro, a disputa está muito perto do segundo turno. Em cinco dias, a intenção de voto na petista Dilma Rousseff caiu de 49% para 46%; o tucano José Serra se manteve estável em 28%, e Maria Silva, do PV, oscilou de 13% para 14%. Há cinco dias, Dilma tinha 54% dos votos válidos; agora, tem 51%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos.
Em duas semanas, a vantagem de Dilma sobre os demais concorrentes caiu de 14 para apenas dois pontos. Ela cai ou oscila negativamente em todas as regiões e estratos da população. A petista também atingiu seu índice mais alto de rejeição: 27%.
Informa a Folha:
“Uma das maiores baixas [de Dilma] (queda de 5 pontos nas intenções de voto) se deu entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos (entre R$ 1.021,00 e R$ 2.550,00). Cerca de 33% da população brasileira se encaixa nessa faixa de renda. Dilma vem perdendo votos desde a segunda semana de setembro. Foi quando o escândalo envolvendo tráfico de influência na Casa Civil levou ao pedido de demissão de sua ex-principal assessora, Erenice Guerra.
De lá para cá, o total das intenções de voto em Dilma caiu de 51% para 46%. Já a soma de seus adversários subiu de 39% para 44%. (…) A pesquisa mostra também que houve forte “desembarque” da candidatura Dilma entre as mulheres (queda de 47% para 42%) e entre os eleitores mais escolarizados, com curso superior. (…) A queda foi de sete pontos, de 35% para 28%. (…). Nessa faixa de escolaridade, Dilma já é a terceira colocada na disputa presidencial (tem 28%), atrás de Serra (34%) e Marina (30%).”
“Uma das maiores baixas [de Dilma] (queda de 5 pontos nas intenções de voto) se deu entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos (entre R$ 1.021,00 e R$ 2.550,00). Cerca de 33% da população brasileira se encaixa nessa faixa de renda. Dilma vem perdendo votos desde a segunda semana de setembro. Foi quando o escândalo envolvendo tráfico de influência na Casa Civil levou ao pedido de demissão de sua ex-principal assessora, Erenice Guerra.
De lá para cá, o total das intenções de voto em Dilma caiu de 51% para 46%. Já a soma de seus adversários subiu de 39% para 44%. (…) A pesquisa mostra também que houve forte “desembarque” da candidatura Dilma entre as mulheres (queda de 47% para 42%) e entre os eleitores mais escolarizados, com curso superior. (…) A queda foi de sete pontos, de 35% para 28%. (…). Nessa faixa de escolaridade, Dilma já é a terceira colocada na disputa presidencial (tem 28%), atrás de Serra (34%) e Marina (30%).”
Segundo turnoA distância entre Dilma e Serra também caiu na simulação de segundo turno: há cinco dias, ela tinha 55% das intenções de voto; agora, tem 52%. Serra, que tinha 38%, aparece agora com 39%. A diferença, que já chegou a ser de 22 pontos, é agora de 13. Caso haja o segundo turno e os números sejam mesmo esses, Serra teria de tirar perto de sete pontos de Dilma para vencer.
O passado e os númerosEm 2006, o primeiro turno da disputa ocorreu no dia 1º de outubro. O Datafolha publicou, então, uma pesquisa no dia 22 de setembro. Lula aparecia com 49% das intenções de voto, e o tucano Geraldo Alckmin, com apenas 31%; Heloísa Helena, do PSOL, vinha com 7%. O petista contava com 55% dos votos válidos — na pesquisa ao menos, a situação era mais confortável do que a de Dilma hoje.
No dia 27, um dia antes do debate na Globo, Lula mantinha os mesmos 49% (53% dos válidos), e Alckmin aparecia com 33%; Heloísa Helena ia a 8%. Três dias depois, na véspera da disputa, o tucano saltava para 38%, e o petista ia a 50%, com Heloísa Helena chegando a 9%. Computadas as urnas no dia seguinte, o candidato do PSDB obteve 41,64% dos votos válidos; o petista, 48,61%, e a candidata do PSOL, 6,85%.
O que vai acontecer?Já disse que não sei. Se vocês lerem os textos anteriores, vão ver que me nego a dar uma de adivinho — tenho deixado isso, CURIOSAMENTE, para alguns (ir)responsáveis por certos institutos de pesquisa, que já não se contentam em divulgar os números que apuram: comportam-se também como pitonisas — na hipótese de que não se comportem como um táxi, é claro.
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