Serra critica política de isenção do IPI do governo federal
Em sabatina realizada com os prefeitos em Brasília, o pré-candidato à sucessão de Lula, José Serra (PSDB), criticou há pouco a política de desoneração do IPI aplicada pelo governo federal como forma de enfrentar a crise econômica.
“Tem que acabar o procedimento de generosidade com o chapéu alheio. Esse é um mecanismo perverso que está em andamento no país”, ressaltou Serra.
Segundo cálculos de Serra, com a medida adotada pelo atual governo, os municípios perderam cerca de R$ 1 bilhão de arrecadação.
“Uma coisa que poderia ter sido feita, em uma conjuntura de crise econômica, ao invés de renuncia de arrecadação pode ser feita a postergação e posterior devolução. Isso evitaria uma perda permanente”, defendeu.
Serra também falou sobre a possível criação de um novo imposto destinado à Saúde.
“Criar uma nova contribuição, isso tem que se examinado no contexto de uma reforma tributária”, ressaltou Serra que defende a aprovação no Congresso Nacional da Emenda 29.
A emenda estabelece percentuais mínimos que devem ser investidos anualmente na área da saúde pela União, por estados e municípios. De acordo com a proposta, os estados ficam obrigados a aplicar 12% da arrecadação de impostos, e os municípios, 15%.
Apesar desses critérios preestabelecidos, a Emenda 29 ainda é uma regra transitória, que deveria ter vigorado até 2004, mas que continua em vigor por falta de uma lei complementar que regulamente a emenda.
No debate, o pré-candidato, também defendeu a criação de uma Força Nacional para atuar em situações de calamidades nos municípios
“Vamos organizar uma força nacional permanente. [Uma força] preparada tecnologica e cientificamente e preventiva. Vale investir nisso, é essencial".
O debate entre os três pré-candidatos à sucessão de Lula acontece no segundo dia XIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Depois de Serra, as mesmas perguntas serão feitas às pré-candidatas Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT).
Atualização das 10h48
Ainda no debate, em uma situação embaraçosa, Serra questionou o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkosk, sobre um vídeo que seria apresentado em que supostamente demonstra uma situação “caos” econômico nos municípios.
“Cadê o vídeo? Eu gostaria de ter visto o vídeo. Foi retirado provavelmente a pedidos”, queixou-se à Ziulkosk, mediador das perguntas.
Em seguida, o pré-candidato considerou inviável a proposta da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) de eliminar as emendas feitas ao Orçamento da União pelos congressistas.
“O Congresso Nacional jamais aprovaria a abolição das emendas individuais”.
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